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Estado de Minas NOVO CANGAÇO

MPF confirma que assaltantes levaram dinheiro e joias de banco em Itajubá

Mais de um mês após madrugada de pânico na cidade do Sul de Minas, órgão federal aponta que criminosos conseguiram concluir roubo à agência da Caixa


28/07/2022 14:13 - atualizado 28/07/2022 14:26

Homens armados sitiam arredores de agência bancária em Itajubá
Imagens de câmera de segurança flagraram a articulação do ataque de grupo armado com fuzis e explosivos (foto: Redes Sociais/Reprodução)
Mais de um mês após o ataque a uma agência da Caixa Econômica Federal em Itajubá, Sul de Minas, é confirmada a conclusão do roubo. De acordo com nota publicada pelo Ministério Público Federal (MPF) nesta quinta-feira (28/7), os criminosos conseguiram, por meio de explosivos, acessar os cofres do banco e levaram dinheiro e jóias.

O assalto começou na noite de 22 de julho e se estendeu pela madrugada seguinte. Na ocasião, um grupo fortemente armado causou pânico na cidade em ação que envolveu assalto a carros, explosões, disparos contra a polícia e fuga em alta velocidade. Até então, as informações oficiais confirmavam o ataque à agência, mas não apontava se bens haviam sido levados.

Segundo o MPF, que denunciou Jean Felipe Gallego Martins como um dos participantes da ação, a quadrilha entrou na cidade de cerca de 100 mil habitantes, roubou dois carros e incendiou os veículos em frente ao 56º Batalhão da PM para obstruir a saída de policiais durante o roubo. 


Em sequência, eles invadiram a agência da Caixa enquanto parte do grupo atirava para o alto e também contra imóveis para intimidar a população.Ainda segundo o órgão federal, a quantidade de material explosivo instalados na agência bancária era tão grande que foram necessárias mais de 17 horas para remoção pelo Esquadrão Antibombas.

Na fuga, os criminosos atiraram contra policiais que faziam o bloqueio das vias. Quatro militares ficaram feridos. Um deles precisou ser submetido a uma cirurgia, mas todos passam bem.

Novo Cangaço

O tipo de ação realizada em Itajubá é conhecido como “Novo Cangaço”. Visando cidades pequenas, grupos fortemente armados agem, geralmente, durante a noite e visando agências bancárias.

Os ataques também são conhecidos por uma organização sofisticada e planejada. No caso de Itajubá, segundo o MPF, alguns dos carros utilizados nos crimes tinham estrutura modificada para facilitar a movimentação interna e o transporte de armas. Os veículos eram blindados e tinham orifícios nos vidros das janelas que permitiam disparos sem a necessidade de abrir portas.

Denúncia

Apenas um dos participantes do ataque foi preso. Jean Felipe foi abordado pela PM durante a fuga, na madrugada de 23 de junho, entre as cidades de Cambuí e Consolação. O MPF aponta que as investigações apontaram que o suspeito participou ativamente da execução do assalto e de sua preparação.

Apontado como participante no empréstimo de veículos e visitas anteriores à Itajubá para planejar o ataque, Jean Felipe atuou no dia do assalto como “batedor”, indicando a outros carros em fuga a localização de barreiras policiais. Natural de São Paulo-SP, o homem de 32 anos foi denunciado pelos crimes de roubo majorado, dano qualificado e incêndio.


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