O Ministério Público de Minas Gerais acompanhará a investigação sobre a morte do motorista de caminhão-reboque Anderson Cândido de Melo, atingido por um tiro pelo delegado Rafael Horácio, do Departamento Estadual de Combate ao Narcotráfico da Polícia Civil. O caso ocorreu nessa terça-feira (26/7), na Avenida do Contorno, no Centro de Belo Horizonte, perto da saída do Viaduto Oeste.
Rafael se apresentou espontaneamente às autoridades, teve a arma retida e argumentou que agiu em legítima defesa. A Polícia Civil decidiu liberar o policial após "análise técnica-Jurídica" e oitiva de testemunhas.
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Entenda
A discussão teria começado após o carro em que o delegado Rafael Horácio estava supostamente ser fechado pelo veículo de Anderson Cândido. Durante um bate-boca, o policial saiu do automóvel, enquanto o motorista teria acelerado contra ele.
O delegado então sacou a arma e atirou em direção ao caminhão, acertando a vítima no pescoço. Anderson chegou a ser socorrido e encaminhado ao Hospital João XXIII, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
Motorista
Anderson Cândido de Melo, 48 anos, foi enterrado nesta quinta-feira no Cemitério Municipal Alexandre Nunes, em Igarapé, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Ele era casado, tinha quatro filhos e um neto de cinco anos. Além de motorista, atuava como mecânico.
Motoristas de caminhões-reboques fizeram um protesto pedindo Justiça ao assassinato de Anderson e prisão para o autor dos disparos.