Após atrasos na obra e muitos acidentes no trecho, entrou finalmente em cena, neste domingo (31), a área de escape do Anel Rodoviário, em Belo Horizonte. A novidade, anteriormente prevista para junho, agradou a motoristas e motociclistas, embora alguns ressaltando que "custou a sair do papel".
Motorista de um caminhão graneleiro, Lucas Geraldo da Silva, residente em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, aprovou a iniciativa: "Tudo pela segurança. É um trecho muito perigoso, conheço muita gente que já se acidentou aqui".
Morador do Bairro Olhos d'Água, o motociclista Marlon Dias, de 29 anos, disse que a obra já poderia ter chegado há mais tempo. "Há anos tem acidente, demoraram para tomar providências. Fiquei pensando se deveria ser em outro lugar, mas os engenheiros, certamente, fizeram muitos estudos", disse. No momento em que a reportagem do Estado de Minas esteve no local, uma equipe da BHTrans ficou a postos na área de escape, no ponto mais alto.
MELHORIAS
A intervenção, que amplia a pista e tem uma "piscina de concreto", foi feita na altura do km 541, no sentido Vitória (ES), entre a rodovia BR-040 e o trevo do Betânia, próximo ao acesso ao bairro Buritis, e projetada para evitar acidentes em um local conhecido por grandes ocorrências.
Ao formar uma rampa nas partes consideradas mais perigosas da rodovia, a área permite uma desaceleração rápida do veículo em pane, permitindo que aqueles de grande porte consigam parar em situação de emergência, como a perda de freios. A estrutura de concreto tem 100 metros de comprimento e várias camadas de brita e esperas de cerâmica.
As obras incluíram melhorias na drenagem e consistem na construção de uma travessia subterrânea no Anel Rodoviário, com a criação de estrutura para descida d'água em degraus. A intenção é melhorar o direcionamento adequado das águas pluviais. De acordo com a PBH, o investimento foi cotado em R$ 3,5 milhões.
ATRASOS
Segundo comunicado da PBH, o atraso nos serviços decorreu dos horários de trabalho "muito restritos impostos pela Polícia Rodoviária Federal e pela VIA-040", além das chuvas em período que, normalmente, era esperado tempo seco. "Além disso, nos feriados, vésperas de feriados e nos dias em que ocorreram acidentes, mesmo os de menor gravidade, a pista também não podia ser fechada e consequentemente a obra paralisada", informou a PBH.