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Estado de Minas INVESTIGAÇÃO

Mãe identifica saco de pão na casa de suspeito de matar filha na Grande BH

A Polícia Militar foi até a casa do suspeito para averiguar a denúncia. Ele chegou a comparecer à delegacia para prestar explicações, mas foi liberado


02/08/2022 16:18 - atualizado 02/08/2022 16:18

Menina Bárbara, de 10 anos
Bárbara, de 10 anos, estava desaparecida desde a tarde de domingo (31/7). O corpo da menina foi encontrado nesta terça-feira (foto: Redes Sociais/Reprodução)
A mãe de Bárbara Vitória, criança de 10 anos encontrada morta em Ribeirão das Neves, Grande BH, nesta terça-feira (2/8), confirmou que foi levada até a casa do principal suspeito do crime e identificou um saco de pão que teria sido comprado pela menina antes de desaparecer, no último domingo (31/7).

 

Luciene Vitalina disse que foi com a Polícia Militar até a casa do homem, próxima à divisa da Regional Venda Nova, em BH, com Ribeirão das Neves e contou que havia um saco com pães na quantidade que pediu para que a filha trouxesse antes de desaparecer. 


Muito abalada, a mãe recebe apoio de familiares e amigos próximos em sua casa, no Bairro Mantiqueira. Com dificuldades de manifestar a dor da perda, a mulher apenas desabafou: "arrancaram um pedaço de mim".
 
Porta da casa da família de Bárbara com muitas pessoas
Amigos e familiares vão até a cada de Bárbara prestar solidariedade aos pais (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
 

Suspeito ouvido e liberado


De acordo com a Polícia Militar, os agentes foram até a casa do suspeito na segunda-feira (1/8) para averiguar a informação sobre o saco de pão. O objeto foi apreendido e está na delegacia.  

A PM informou que as imagens de câmeras de segurança foram mostradas ao suspeito. Nelas, ele apareceria fazendo um sinal para a menina, que corre em seguida.
 
Após vê-las, o homem negou que fosse ele no registro e disse ainda que nem conhecia Bárbara. Porém, quando os policiais mostraram as imagens para o filho do suspeito, ele teria dito: “Pai, me desculpe. Eu te amo, mas é o senhor nas imagens.”
 
 

Mesmo diante das palavras do filho, o homem continuou negando que conhecia a menina. Os policiais então disseram que a mãe de Bárbara contou que o homem teria ido a casa da família fazer um conserto na energia elétrica. Só então, o suspeito mudou a versão e confirmou que era ele nas imagens, que conhecia a menina, mas disse que não fez nada com ela. 

Os militares o encaminharam para a delegacia, onde as explicações seriam dadas ao delegado. Ele foi ouvido e liberado. A Polícia Civil foi procurada para saber quais as justificativas para o suspeito não ter sido detido, mas não respondeu até o momento. 
 
O corpo da menina foi encontrado na manhã de hoje, em um campo de futebol no Bairro Pedra Branca, em Ribeirão das Neves. Ele estava com uma camisa do Atlético, a mesma que Bárbara usava quando desapareceu, mas sem as roupas de baixo e com sinais de violência e enforcamento. 
 

O que diz a lei sobre estupro no Brasil?

De acordo com o Código Penal Brasileiro, em seu artigo 213, na redação dada pela Lei  2.015, de 2009, estupro é ''constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso.''

No artigo 215 consta a violação sexual mediante fraude. Isso significa ''ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com alguém, mediante fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima''  

O que é assédio sexual?

artigo 216-A do Código Penal Brasileiro diz o que é o assédio sexual: ''Constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função.''

Leia também: Cidade feminista: mulheres relatam violência imposta pelos espaços urbanos

O que é estupro contra vulnerável?

O crime de estupro contra vulnerável está previsto no artigo 217-A. O texto veda a prática de conjunção carnal ou outro ato libidinoso com menor de 14 anos, sob pena de reclusão de 8 a 15 anos.

No parágrafo 1º do mesmo artigo, a condição de vulnerável é entendida para as pessoas que não tem o necessário discernimento para a prática do ato, devido a enfermidade ou deficiência mental, ou que por algum motivo não possam se defender.

Penas pelos crimes contra a liberdade sexual

A pena para quem comete o crime de estupro pode variar de seis a 10 anos de prisão. No entanto, se a agressão resultar em lesão corporal de natureza grave ou se a vítima tiver entre 14 e 17 anos, a pena vai de oito a 12 anos de reclusão. E, se o crime resultar em morte, a condenação salta para 12 a 30 anos de prisão.

A pena por violação sexual mediante fraude é de reclusão de dois a seis anos. Se o crime é cometido com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se também multa.

No caso do crime de assédio sexual, a pena prevista na legislação brasileira é de detenção de um a dois anos.

O que é a cultura do estupro?

O termo cultura do estupro tem sido usado desde os anos 1970 nos Estados Unidos, mas ganhou destaque no Brasil em 2016, após a repercussão de um estupro coletivo ocorrido no Rio de Janeiro. Relativizar, silenciar ou culpar a vítima são comportamentos típicos da cultura do estupro. Entenda.

Como denunciar violência contra mulheres?

  • Ligue 180 para ajudar vítimas de abusos.
  • Em casos de emergêncialigue 190.
 


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