O pedido de ajuda do menino Miguel, de 11 anos, que ligou para a polícia, contando que ele e a família estavam passando fome, mobilizou a comunidade. Na manhã desta quinta-feira (04/08), um grupo da Oitava Igreja Presbiteriana de Belo Horizonte visitou a casa da família, no bairro São Cosme, em Santa Luzia, na região metropolitana, e avalia a possibilidade de reformar o imóvel.
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"Vamos reunir nossa comunidade para melhorar as condições dessa família. De imediato, vamos trocar essa porta, mas queremos reforçar a casa, talvez trocar a geladeira", informa o pastor.
Desde a repercussão da história, a família vem recebendo doações de alimentos. "Essa noite todos dormiram melhor, com a barriga cheia. A gente tava comendo só fubá e farinha", disse Célia. Além dos filhos, ela cuida de três netos, de 1, 3 e 4 anos, que moram no barracão ao lado.
Relembre o caso
Na noite da última terça-feira (02/08), o menino Miguel Barros ligou para a polícia para dizer que a família estava passando fome. "Estou com fome. Nada pra comer, desde cedo", afirmou. Os policiais do 35° Batalhão da PM chegaram à casa suspeitando de maus-tratos, mas encontraram a residência limpa e arrumada e as crianças estavam bem.
Célia não sabia que o filho tinha feito a ligação. Ela disse que tenta driblar a fome dos filhos com água e fubá mas não está conseguindo resolver o problema. Segundo ela, que está desempregada, o auxílio do Bolsa Família há muito tempo não é suficiente para sustentá-los.
Após a ocorrência, os policiais compraram uma cesta básica e outros mantimentos para que a família pudesse comer. A história se espalhou e mobilizou outras pessoas, que organizaram doações para Célia e seus filhos. Quem quiser, pode encaminhar doaçõesà família por meio do 35º Batalhão.