O filho de Neuza contou à reportagem que estava com a mãe na manhã de hoje, no momento em que ela faleceu. Jean Vitor disse que a mãe perguntou as horas e, em seguida, começou a passar mal e faleceu.
Ainda de acordo com o filho, Neuza estava com quadro estável, aguardando vaga para transferência para Belo Horizonte para continuar o tratamento por conta das queimaduras sofridas.
No entanto, nos últimos dois dias a diarista ‘deu uma desanimada’. Ela sofreu paradas cardíacas e teria engasgado com o próprio vômito. A causa da morte ainda será informada após exames no Instituto Médico Legal (IML).
O ataque do ex
Neuza Braga foi atacada pelo ex-companheiro na noite do dia 4 de julho. Ela estava em um sítio, na zona rural de Piranguinho, município vizinho a Itajubá. Ela trabalhava no local como diarista, quando foi surpreendida pelo homem.
O ex jogou gasolina no corpo de Neuza e ateou fogo com um isqueiro. A mulher ainda se jogou na piscina do local, na tentativa de se livrar do fogo. Mesmo assim ela teve cerca de 40% do corpo queimado.
As queimaduras de primeiro e segundo graus atingiram as costas, nádegas, braço, abdômen e pernas. A diarista foi levada para o Hospital de Clínicas de Itajubá, onde permaneceu internada.
Homem encontrado morto
O agressor fugiu e só foi encontrado morto dois dias depois do ataque. A Guarda Municipal de Itajubá recebeu uma denúncia e ao chegar a um pasto no bairro Vila Rubens encontrou Luiz Élcio, de 54 anos, já sem vida.
Segundo o filho de Neuza, a mãe teve um relacionamento de 10 anos com o homem. Ela sofria agressões, mas não tinha contado para a família. Ela só resolveu se separar depois de descobrir uma traição do homem.
Após a separação, as ameças continuaram e a mulher tinha conseguido uma medida protetiva contra o homem. “Ela aproveitou uma traição dele, que todos souberam, para poder terminar o relacionamento, pois ninguém sabia que ele era violento e o que ela passava. Ele aparentava ser uma boa pessoa,” revelou o filho após a mãe ter o corpo queimado.