O que era para ser um momento de diversão, virou um pesadelo. Uma família do Distrito Federal acompanhou o jogo entre Cruzeiro e Tombense no Mineirão, no último sábado (6/8), mas todos ficaram feridos após uma ação da Polícia Militar no estádio.
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“Truculência e ignorância de alguns policiais, que estavam dispersando os torcedores com bombas, gás lacrimogêneo e spray de pimenta, esses torcedores em sua grande maioria eram de famílias e crianças, entre eles a minha família”.
Marco e a família até tentaram estabelecer uma distância segura da confusão, mas uma das bombas jogadas pelos militares estourou nos pés da filha de 11 anos, com síndrome de down, que ficou com queimaduras nas pernas e no tórax. A esposa de Marco também ficou ferida.
“O que era pra ser uma noite de festa e alegria, se tornou um grande desespero e pânico. Foram ferimentos que, apesar de se tornarem cicatrizes físicas, jamais serão esquecidos em nossas memórias. Que a justiça seja feita e que esse tipo de situação não se repita com outras famílias, evitando uma possível tragédia maior”.
Em nota, a Polícia Militar afirmou que a ação com o uso de “instrumentos de menor potencial ofensivo foi necessária devido a um tumulto generalizado, inclusive com militares cercados por torcedores”.
“Durante a ação, uma menor que estava nas proximidades foi atingida. De pronto, ela foi atendida. Também foi confeccionado Boletim de Ocorrência com os relatos dos pais sobre os fatos. A PMMG esclarece, ainda, que o Comando do BPChq (Batalhão de Polícia de Choque) abriu um Inquérito Policial para apurar a situação e está em contato com os familiares da vítima”, também informou a nota.
A Minas Arena, responsável pela administração do estádio Mineirão, informou que teve conhecimento do fato, fez contato com a família para prestar assistência e que as câmeras do sistema de vigilância estão à disposição das autoridades para esclarecer o ocorrido.