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Estado de Minas ADESIVO DE SINALIZAÇÃO

Motoristas de aplicativo já podem usar identificação nos carros em BH

Lei sancionada pela PBH permite que adesivo fluorescente de três cores seja usado pelos carros na capital; motoristas temem pela segurança


10/08/2022 17:41 - atualizado 10/08/2022 19:04
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Carro branco em perfil, com passageiro desembarcando ao funco
O adesivo deverá ter três faixas, uma laranja, uma verde e uma vermelha, com os dizeres 'motorista de aplicativo' (foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)
Os motoristas de aplicativo de Belo Horizonte poderão usar uma faixa de identificação nos veículos a partir desta quarta-feira (10/8). A identificação poderá ser feita com um adesivo fluorescente na parte lateral inferior do veículo. Nem todos motoristas, porém, gostaram da ideia.
 
 
No Diário Oficial do Município desta quarta-feira (10/8) foi publicada, junto com a lei, um anexo que estabelece a padronização do adesivo. A identificação deve ter três faixas, uma laranja, uma verde e uma vermelha, com os dizeres “motorista de aplicativo”.
 
Flávio Hastenreiter, de 48 anos, trabalha como motorista da Uber e não pretende usar a identificação. O motivo, disse ele, é simples e objetivo: segurança. Na sua opinião, tanto motoristas como passageiros vão ficar muito mais expostos aos bandidos do que já estão atualmente.
 
“Se você pega um Uber e no meio do caminho, ou chegando ao destino, passa por bandidos, eles vão ver e na mesma hora identificar uma presa fácil e vulnerável para praticar o assalto. São duas vítimas: o motorista e você”, disse Flávio.
Marcelo Fabian Telles de Souza não sabia da nova lei, mas também não gostou da ideia. O motorista de 53 anos trabalha há 5 anos no transporte de passageiros e não pretende instalar a identificação. Para ele, o adesivo chama muito a atenção de bandidos, e como é comum ficar em locais parados durante o serviço, o perigo aumenta.

Ele comentou que alguns motoristas estavam sendo multados por usarem identificação da Uber ou de outras empresas, o que era proibido até então. Sendo facultativo, o adesivo vai ajudar essas pessoas que querem identificar os carros.

Marcelo até acha que ajuda os passageiros a acharem os carros, mas não vai aderir. Ele já fez cinco mil viagens e disse que nunca teve problemas, no máximo dois passageiros que receberam nota baixa; o resto, é só cinco estrelas.
 
O motorista comentou que conversou com outros colegas de profissão, e que a maioria ainda não sabe sobre a novidade. Quem sabe com mais pessoas usando, o adesivo cole. Mas, por enquanto, a adesão parece baixa.
 
Flávio questionou não só a nova lei, mas a falta de iniciativas da prefeitura de Belo Horizonte para sua categoria. “O que a Prefeitura de Belo Horizonte fez até hoje para nos apoiar realmente? Nada”, disse o motorista. Ele criticou o pagamento de taxas no aeroporto, além das taxas da própria Uber, assim como as ruas esburacadas e a sinalização de trânsito precária. “No final, sai tudo do nosso bolso”, concluiu.


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