O uso de máscaras em locais fechados deixa de ser obrigatório a partir de hoje (11/8) em Belo Horizonte. A medida, anunciada nessa quarta-feira (10/8) pela Prefeitura de Belo Horizonte, foi possível graças à melhora nos índices que monitoram a COVID-19 na capital mineira.
Conforme recomendação da equipe técnica da Secretaria Municipal de Saúde (SMSA), porém, em espaços como transporte coletivo (ônibus, metrô, vans escolares), instituições de ensino e serviços de saúde, os moradores ainda deverão usar o Equipamento de Proteção Individual (EPI).
A desobrigatoriedade do uso de máscaras foi oficializada em um decreto publicado nesta quinta-feira (11/8) no Diário Oficial do Município (DOM). Logo, como o uso nesses locais é uma recomendação, fica portanto a decisão por conta do usuário.
A pandemia não acabou
Entretanto, mesmo com a queda no número de casos e mortes, especialistas dizem que o momento é um pouco precoce para a desobrigatoriedade do Equipamento de Segurança Individual (EPI). Além disso, mesmo com uma diminuição da preocupação com o COVID-19, os casos de varíola dos macacos estão crescendo. Já são 100 casos confirmados em Minas.
O infectologista Estêvão Urbano acredita que a decisão é pertinente, mas que poderia ter esperado mais para liberar. "Os números caíram realmente. Eu particularmente ainda defendo que em locais fechados as pessoas continuem usando máscara".
O especialista explica os motivos de defender o uso do equipamento. "Primeiro que o surto está menor, mas pode aumentar daqui a pouco. Segundo, com a monkeypox, que também é transmitida por gotículas em proximidade, o que piora em locais fechados; quando você usa máscara está se protegendo parcialmente (porque há outras formas de transmissão, como a sexual)".
Por fim, Urbano considera que a decisão é aceitável pelos atuais números, mas aconselha principalmente pessoas não vacinadas ou imunossuprimidas e idosos que mantenham o uso de máscaras, pois a pandemia não acabou, e casos e mortes mesmo que em menor número, continuam acontecendo.
*estagiária sob supervisão de Juliano Paiva