O assassinato brutal de Bárbara Vitória, de 10 anos, em Ribeirão das Neves, pode ter tido a participação de mais dois homens, segundo aponta um relatório de uma investigação paralela conduzida pela advogada Aline Fernandes. Nessa quarta-feira (10/8), a Polícia Civil confirmou que o principal suspeito, Paulo Sérgio de Oliveira, de 50 anos, é o responsável pelo homicídio. Segundo o delegado à frente da investigação, Fábio Moraes Werneck, a menina foi estuprada e morreu por asfixia.
No entanto, para a advogada da família, Paulo – encontrado morto três dias após o crime – não teria agido sozinho. “Conseguimos identificar o envolvimento deles (outros dois suspeitos) ao ouvir vários relatos de vizinhos, outros moradores da região e até de bairros próximos”, conta a advogada em entrevista ao Estado de Minas.
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Suspeito de matar Bárbara Vitória também era investigado por crime parecidoCaso Bárbara Vitória: corpo do suspeito foi liberado do IML Caso Bárbara Vitória: suspeito de assassinato da menina é encontrado mortoGestante é baleada após furtar celular em Santa Luzia“No entanto, não posso dar detalhes de como cheguei a esses dois suspeitos, pois são informações específicas que, às vezes, passam despercebidas devido ao calor da situação”, explica Aline, destacando que o sigilo é uma forma de evitar que os possíveis envolvidos fiquem em alerta.
Para além da relação profissional, Aline Fernandes compartilha com a família o desejo de justiça para um crime que chocou o país. “Após ver o corpo no IML, fiquei três noites sem dormir direito. Qualquer pessoa no meu lugar, vendo o que eu vi, ficaria comovida”, avalia.
Agora, ao concluir a investigação paralela, a advogada diz que redigiu um relatório com todas as apurações e depoimentos e entregou na delegacia de homicídios em Ribeirão das Neves. A expectativa, segundo ela, é que ocorra um retorno preliminar nas próximas semanas.
Principal suspeito teria matado outra criança em 2012
Segundo informado pela Polícia Civil mineira nessa quarta-feira, Paulo era investigado pela morte de outra criança. Bianca Santos Faria, de 11 anos, foi encontrada morta com marcas de asfixia e de estupro, no bairro Palmital, em Santa Luzia, na Grande BH. Ela desapareceu em maio de 2012 após sair para comprar pão. O padrasto achou o corpo em uma vala com marcas de abuso sexual e enforcamento.
Cronologia
Domingo (31/7) – Bárbara Vitória desaparece após sair para comprar pão perto de casa, no bairro Landi, na Região de Justinópolis, em Ribeirão das Neves, na Grande BH.
Segunda-feira (1°/8) – Mãe de Bárbara é levada pelos policiais até a casa do principal suspeito do crime e identifica um saco de pão que teria sido comprado pela menina antes de desaparecer.
Terça-feira (2/8) – Com sinais de violência e enforcamento, corpo da criança é localizado em um campo de futebol no bairro Pedra Branca, em Ribeirão das Neves.
Quarta-feira (3/8) – Corpo da menina é enterrado sob forte comoção e pedidos de justiça. No mesmo dia, o suspeito do crime é encontrado morto, na casa de uma tia, no bairro Cachoeirinha, na Região Noroeste de Belo Horizonte. O corpo foi retirado do local pelo serviço funerário sob protestos dos moradores.
Sexta-feira (5/8) – Tragédia deixa rastro de medo na vizinhança. Em choque com a morte da menina, moradores do bairro Landi mudam rotina. Pais impedem que filhos brinquem na rua. Muitos faltam às aulas.
Quarta-feira (10/8) – Polícia Civil confirma que principal suspeito matou a menina. Durante coletiva à imprensa, o delegado à frente da investigação, Fábio Moraes Werneck, afirmou que Bárbara foi estuprada e morreu por asfixia. Segundo ele, o exame de DNA mostrou que o material genético colhido no corpo da vítima coincide com o perfil genético do suspeito.
Sexta-feira (5/8) – Tragédia deixa rastro de medo na vizinhança. Em choque com a morte da menina, moradores do bairro Landi mudam rotina. Pais impedem que filhos brinquem na rua. Muitos faltam às aulas.
Quarta-feira (10/8) – Polícia Civil confirma que principal suspeito matou a menina. Durante coletiva à imprensa, o delegado à frente da investigação, Fábio Moraes Werneck, afirmou que Bárbara foi estuprada e morreu por asfixia. Segundo ele, o exame de DNA mostrou que o material genético colhido no corpo da vítima coincide com o perfil genético do suspeito.