(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas CASO BACKER

Templo da Backer volta a operar nesta quinta com evento gastronômico

Dez pessoas morreram e várias outras tiveram sequelas decorrentes da ingestão de cerveja produzida pela cervejaria


11/08/2022 20:51 - atualizado 11/08/2022 23:24

Templo Cervejeito
Templo Cervejeiro no Bairro Olhos D'Água, na Região Oeste de Belo Horizonte, vai ser reaberto (foto: Reprodução/Instagram)
O "Templo Cervejeiro", restaurante anexo à Cervejaria Backer no Bairro Olhos D'Água, Região Oeste de BH, reabriu as portas nesta quinta-feira (11/8) para a segunda temporada do "Valle Gastronômico".

 A informação foi publicada esta tarde no Instagram da Backer. Segundo post divulgado nas redes sociais, o evento contempla jantares regados à música, drinks e degustação de cervejas. Há ao menos seis noites previstas na programação, de hoje à próxima terça-feira (15/8). 

O Templo Cervejeiro permaneceu fechado de janeiro de 2020, quando os casos de intoxicação pelas cervejas da Backer vieram à tona, a outubro do mesmo ano. Em 17 de outubro, o estabelecimento anunciou que voltaria a funcionar, sob protesto das vítimas. Desde então, tem operado de modo intermitente.

Questionada pelo Estado de Minas sobre a organização do Valle Gastronômico, a Backer informou que não assina a produção do evento. "O Valle Gastronômico é um dos diversos clientes que têm utilizado periodicamente o Templo Cervejeiro. É, contudo, especial, porque se comprometeram a comercializar apenas as cervejas da Três Lobos, o que irá auxiliar no pagamento das indenizações (das vítimas de envenenamento)", diz a nota enviada à reportagem.

 

Caso Backer

Em dezembro de 2019, a contaminação de cervejas produzidas pela Backer afetou diretamente 29 pessoas, das quais 10 morreram. Desde então, os sobreviventes – alguns com graves sequelas – travam uma árdua luta na Justiça. Nenhum dos atingidos recebeu indenização da cervejaria por danos relativos à intoxicação.
 
As atividades da Backer haviam sido suspensas desde 2020, depois que o inquérito policial comprovou que as substâncias tóxicas usadas para resfriamento do produto vazaram para o interior de tanques de fermentação, apesar de a utilização delas não ser recomendada pelos fabricantes dos equipamentos. Além do âmbito criminal, há na Justiça de Minas o processo cível. A ação, que prevê indenização para as vítimas, ainda está em primeira instância. O processo segue em fase de produção de provas periciais para depois ser encaminhado a julgamento, na 21ª Vara Cível de BH.
 


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)