Uma empresa de bebidas, com sede no bairro Caiçaras, na região Noroeste de Belo Horizonte, é investigada por esquema que sonegou quase R$ 13 milhões dos cofres públicos de Minas Gerais. A fraude beneficiava também restaurantes de luxo, localizados principalmente na região Centro-Sul de BH, que declaravam a compra simulando uma transação para consumo próprio.
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Explosão em fábrica de fogos deixa dois mortos em Santo Antônio do MonteTRT-MG considera prints e gravações de conversas como provas ilícitasVale irá tirar 50% dos rejeitos de barragem em Macacos até fim do anoSegundo o auditor, dependendo da mercadoria, a carga tributária do setor de bebidas pode chegar a 40%. "Eles faziam uso de tratamentos tributários setoriais que existem em Minas Gerais para estimular o comércio. A venda era feita como se o vinho fosse consumido por funcionário e empresários dentro do estabelecimento quando, na verdade, o produto era revendido para clientes", aponta.
Operação
A operação, conduzida pelo Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (Cira), uma força-tarefa do Ministério Público de Minas Gerais, Receita Estadual e polícias Civil e Militar, prendeu dois envolvidos no esquema, na manhã desta quarta-feira (17/08). Um deles, apontado como líder da associação criminosa, é um empresário do setor de revenda de pneus, que já é investigado por sonegar outros R$ 23 milhões.
Os alvos foram presos em residências de alto padrão em BH. Também foram apreendidos cinco veículos de luxo, celulares e computadores. O Ministério Público requereu que sejam bloqueados e decretados indisponíveis R$ 10 milhões das contas dos acusados.