Desde o início da campanha de vacinação, em janeiro de 2021, já foram perdidas 3.200 doses de vacina contra a COVID-19 em Belo Horizonte, aponta um balanço divulgado pela Secretaria de Saúde da capital mineira nesta quarta-feira (17/8). O quantitativo, no entanto, não é tratado com alarde pela prefeitura, pois, segundo o Executivo municipal, o número representa menos de 1% dos lotes recebidos.
Basicamente, a perda de validade – e consequentemente o desperdício – acontece porque os frascos são abertos sem que se tenha demanda para todas as doses. Outro fator é a baixa procura nos postos.
Mais cedo, a reportagem do Estado de Minas mostrou que a PBH passou a reduzir o número de centros de saúde que aplicam os imunizantes em crianças de 3 e 4 anos que são imunossuprimidas. Atualmente há 27 locais de imunização contra 75 nessa terça-feira (16/8) – o que representa em uma redução de 64%. Conforme o Executivo, a medida visa melhorar o aproveitamento de todas as doses.
No próximo mês, outras 600 doses da Pfizer pediátrica já estarão com as validades vencidas. No entanto, a PBH diz que elas “já foram distribuídas nos postos de vacinação e serão usadas antes da data do vencimento”. O imunizante tem sido aplicado em crianças de 5 a 11 anos.
“É importante ressaltar que cada vacina tem um prazo de vencimento após a abertura do frasco. Alguns lotes de AstraZeneca podem ser usados até 48h após sua abertura; CoronaVac, Pfizer e Janssen podem variar de 6h a 12h após abertura. Além disso, Belo Horizonte recebe de alguns municípios vacinas que estão próximas do prazo de validade do lote para um maior aproveitamento das doses”, explicou o Executivo, em nota à reportagem.
Orientações à população
“A orientação da Prefeitura é de que o morador que se enquadra no público-alvo daquele dia seja vacinado tão logo procure a unidade de saúde, não havendo a necessidade de esperar completar, no local, determinado número de pessoas aptas à vacinação”, pontuou a assessoria da pasta.