Um dos envolvidos na tentativa de assassinato do empresário Fernando Demétrio Nogueira dos Reis – dono de um tradicional restaurante e buffet na orla da Lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte – foi condenado a 11 anos e quatro meses em regime inicialmente fechado.
A sentença para o crime ocorrido em 22 de julho de 2011 foi dada em sessão do Tribunal do Júri desta quinta feira (18/8). No entanto, o juiz Daniel Chaves Leite concedeu ao réu, Élio Morais, o direito de recorrer em liberdade.
A sentença para o crime ocorrido em 22 de julho de 2011 foi dada em sessão do Tribunal do Júri desta quinta feira (18/8). No entanto, o juiz Daniel Chaves Leite concedeu ao réu, Élio Morais, o direito de recorrer em liberdade.
Após ouvir a sentença, Fernando Demétrio se emocionou. “Depois de 11 anos, nós estamos vendo a justiça ser feita, e hoje eu vejo que o Brasil tem jeito. Ainda há pessoas de bem neste país. Gostaria de agradecer a promotoria pelo trabalho e ao meu Deus, pois entreguei nas mãos dele essa causa, para recompensar tudo o que minha família sofreu neste período”, declarou o empresário.
Setenciado hoje, Élio Morais é um dos seis integrantes do grupo que tentou executar o empresário. Dois deles, Vanildo Andrade e Abraão Ribeiro, já faleceram. Outro, Luiz Augusto de Queiroz Júnior, já havia sido condenado pela Justiça a 5 anos e 6 meses de prisão em 12 de dezembro de 2021.
Também suspeito de envolvimento na tentativa de execução, Marlon Chaves foi liberado após a investigação, já que a juíza à época, Âmalin Aziz Sant'Ana, entendeu que as provas não eram suficientes.
Já o processo que envolve o primeiro denunciado – o advogado Waldir Lallo – ainda está em trâmite na Justiça. Ele teria pago R$ 200 mil para que comparsas matassem o empresário Fernando Demétrio. A encomenda do crime estava relacionada à negociação de um terreno no bairro Bandeirantes, na região da Pampulha.
À época, Lallo tentou, por meio de ação judicial, desfazer a venda de um terreno para a vítima. Logo, o empresário Fernando Demétrio assegurou, por meio da Justiça, que o contrato fosse cumprido.
Assim, insatisfeito por não conseguir rescindir o negócio, Lallo ameaçou Demétrio por diversas vezes e, como as ameaças não surtiram efeito – no intuito de eliminar o empecilho e poder retomar o imóvel que havia sofrido grande valorização – , ele resolveu matar o empresário belo-horizontino. Para isso, ele contratou Vanildo, que repassou a missão de executar a vítima para Luiz Augusto mediante pagamento de R$ 50 mil.
Luizinho, a seu turno, contratou o executor dos disparos que vitimaram Fernando, com a promessa de pagamento de R$ 25 mil pelo serviço. A tentativa aconteceu quando a vítima estava em seu estabelecimento comercial.