Morreu Pedro Augusto Ferreira Alves, de 8 anos, que caiu em um buraco com aproximadamente seis metros de profundidade, na tarde desse domingo (21/8), em Carmo do Paranaíba, na Região do Alto Paranaíba.
A informação foi confirmada pelo Corpo de Bombeiros. Segundo os militares, após ser resgatado, por volta de 09h45, o garoto estava inconsciente e houve uma parada cardiorrespiratória quando ele foi retirado.
Durante o resgate, o menino estava consciente, foi alimentado e hidratado durante todo o procedimento.
Imediatamente, a criança foi colocada em uma ambulância municipal, que se encontrava em apoio à operação, e foi encaminhada para estabilização inicial na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Carmo Paranaíba. Houve a tentativa de reanimar o menino, mas ele morreu no local.
A mãe de Pedro Augusto acompanhou o trabalho de resgate, que durou cerca de 18 horas. Em depoimento à Rede Globo, a mulher afirmou que o menino tinha ido brincar no terreno em companhia de uma prima. A suspeita é de que não havia sinalização sobre o buraco no local.
Relembre o caso
Segundo o Corpo de Bombeiros, no local do acidente há uma obra, onde a criança costuma brincar. A suspeita é de que o terreno não estava cercado ou sinalizado. No local, haviam outros buracos, que estavam tampados apenas com tapumes.
O CBMMG ainda não sabe qual a origem nem a finalidade da obra que estava sendo realizada no local. De acordo com o tenente-coronel Duarte, há indícios que seja um loteamento particular, e a obra esteja sendo feita para assentar o terreno, que antigamente era um aterro.
O trabalho de resgate foi iniciado por volta das 17h e era classificado pelos bombeiros como “meticuloso”, pois havia risco de desabamento de terra, já que é uma área de aterro e, por isso, há maior instabilidade do solo.
O resgate durou cerca de 18 horas. Para chegar até a criança, os bombeiros fizeram a escavação manual no nível horizontal.
Resgate
Para atender a ocorrência foram necessários 21 militares do Corpo de Bombeiros, que foram divididos em três frentes, uma para fazer contato com o garoto, outra para vigiar a segurança e a última, para fazer a abordagem com escavação horizontal.
"A primeira equipe consegiu fazer um içamento, mas a perna do garoto estava presa e não foi possível retirá-lo totalmente. A segunda equipe começou a tentar uma escavação lateral, e aí foi percebido que se tratava de um aterro, o que afetou a segurança", disse Duarte.
A última frente então decidiu que havia risco de desmoronamento iminente, então foram empregadas outras técnicas, devido ao cenário atípico. "Devido à falta de estabilidade para a perfuração, foi colocado um tubo em volta do buraco para não deixar a terra desmoronar em cima da criança, além de maquinário para acesso lateral e remoção. Houve também escavação horizontal a 6m de profundidade, manualmente por um militar."