Os servidores investigados no esquema de fura-fila da vacina contra COVID-19 em Passos, Sudoeste de Minas, assinaram acordo e vão precisar pagar multa por conta da imunização. Dos 31 trabalhadores da SRE (Superintendência Regional de Ensino) de Passos que foram denunciados, 29 já firmaram o acordo com o Ministério Público.
A Polícia Civil de Passos indiciou 31 pessoas com vínculo funcional na SRE-Passos por crimes de uso de documento falso/adulterado, falsificação de documento público e desobediência. O inquérito investigou um esquema de ‘fura fila’ que teria ocorrido em 18, 19 e 21 de junho de 2021.
À época, o programa nacional de imunização contra a COVID-19, estabeleceu grupos prioritários para otimizar os recursos precários.
%u2028Neste sentido, no mês de junho, iniciou-se a campanha para os profissionais da educação, entretanto, conforme as autoridades sanitárias, a vacina seria destinada para proteção da força de trabalho dos professores e funcionários que trabalham, diariamente, intramuros no ambiente escolar e com contato direto e habitual com alunos em sala de aula.
O acordo de persecução penal foi formalizado pelo MP após as investigações sobre o caso. À época, estavam sendo vacinados prioritariamente os profissionais da Saúde e pessoas que pertenciam a outros pressupostos, a exemplo de comorbidades ou recorte etário. Não era a vez da Educação. Conforme as investigações, as pessoas teriam fraudado um formulário para se imunizarem pela superintendência.
A multa para os servidores que assinaram o acordo vai de um salário mínimo e pode atingir valores entre R$ 4 mil e R$ 8 mil.