Jornal Estado de Minas

GREVE

Metroviários de BH confirmam greve para esta quinta-feira (25)

Os metroviários de Belo Horizonte confirmam paralisação total a partir da 0h desta quinta-feira (25). A categoria esperava posicionamento do Tribunal de Contas da União (TCU) em julgamento do processo de desestatização da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) que ocorreu na tarde desta quarta-feira (24/8).





 

 


Segundo o Sindicato dos Metroviários de Minas Gerais (Sindmetro), o TCU entende que não há restrição alguma para que o metrô da capital seja privatizado, apesar de ter feito algumas recomendações sobre o processo no julgamento de hoje. 

A entidade ressalta que a privatização terá como consequências demissão dos concursados e aumento da passagem. Eles alegam que será uma paralisação total, sem escala mínima. 
 
Sobre a greve dos metroviários, a CBTU informa, em nota, que está tomando "todas as medidas administrativas e judiciais possíveis, incluindo pedido de liminar, a fim de garantir a manutenção do serviço de transporte sobre trilhos à população da Região Metropolitana de Belo Horizonte."





A respeito dos questionamentos feitos pelo sindicato, a CBTU frisa que não tem respostas sobre o processo de desestatização, "haja vista que as diretrizes e ações a respeito ainda estão internalizadas junto a Conselho do Programa de Parceria de Investimentos (CPPI), portanto, conduzidas pelo Ministério da Economia e do Desenvolvimento Regional. Assim, as demandas relativas ao processo devem ser endereçadas àqueles entes, para que haja informações concretas."

Insatisfações acumuladas


Em entrevista ao Estado de Minas ontem, o presidente do Sindmetro Daniel Glória Carvalho explicou que as insatisfações da categoria vêm sendo acumuladas desde a primeira greve, realizada em maio.

"No parecer da Secretaria de Infraestrutura do TCU está registrado que todas as insatisfações dos funcionários foram sanadas, porém isso é uma mentira. O que aconteceu é que a mediação com o Ministério Público do Trabalho foi encerrada, já que a procuradora do caso entendeu que não havia mais avanço na negociação", disse.

Entre os pontos de negociação reivindicados pelos metroviários está o tempo de estabilidade do contrato, que atualmente é de 12 meses, o acordo coletivo para os empregados de transferência para outra superintendência da CBTU, e as questões com relação ao pagamento do fundo de previdência particular dos funcionários.