Jornal Estado de Minas

PARALISAÇÃO TOTAL

Greve do metrô de BH: comerciantes pedem funcionamento mínimo do serviço


A Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) publicou uma nota nesta quinta-feira (25/8) em que solicita ao Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro-MG) a manutenção de uma escala mínima para funcionamento do metrô em Belo Horizonte. Os metroviários anunciaram greve na tarde de ontem (24/8).



Segundo a entidade, a paralisação do serviço, que começou à 0h de hoje, já prejudica cerca de 100 mil usuários. A CDL/BH destaca ainda que, apesar da greve ser um direito constitucionalmente previsto, a Lei de Greve (Lei 7.783/89) prevê em seu artigo 11 "a manutenção dos serviços essenciais para o atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade, como o transporte coletivo", destaca o comunicado.

"Entendemos que o direito à paralisação é legítimo, contudo nos preocupamos com a sociedade que possui necessidades que dependem do transporte coletivo para serem solucionadas", disse o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva, no documento enviado também ao Ministério Público do Trabalho de Minas Gerais (MPT) e ao Ministério do Trabalho e Previdência, do Governo Federal.

A entidade também lembra a última paralisação do metrô, que aconteceu entre março e maio deste ano. "A população foi afetada de forma significativa, sendo este um motivo de preocupação para toda a cidade", argumenta o presidente da entidade. "O comércio e a população não podem ser reféns de problemas que não competem a eles", complementa.