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Estado de Minas GREVE

Metroviários mantêm greve geral em BH, em decisão aprovada por assembleia

Apesar da decisão, escala mínima será cumprida neste fim de semana, e uma nova assembleia para tratar a questão foi convocada para sábado (26)


26/08/2022 17:45 - atualizado 26/08/2022 20:35


Placa de Metro em azul em uma estação
Decisão de manter escala mínima de 60% pode causar problemas em horários de pico, segundo sindicato (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Reunidos em assembleia na tarde desta sexta-feira (26/8), os metroviários de Belo Horizonte decidiram manter a greve geral. A decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de continuar com a escala mínima de 60% de funcionamento de todos os horários será cumprida neste fim de semana. Porém, uma nova reunião foi convocada para tratar da questão neste sábado (27/8). A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) informou que o metrô volta a funcionar a partir de sábado (27/08), das 5h40 às 23h. As estações estarão abertas das 5h15 às 23h para quem já possui cartão ou bilhete do metrô. Com a greve, os intervalos entre trens serão aumentados.
 
A decisão sobre escala mínima já havia sido divulgada na quinta-feira (25), mas não foi cumprida pelos metroviários. Manter a escala mínima de 60% da frota ao longo de todo o período de funcionamento desagrada a categoria, que gostaria que houvesse 100% da frota no horário de pico, e redução nos demais horários. O Sindicato dos Metroviários (Sindimetro) defende que manter uma escala mínima de 60% em horário de pico é inviável, pois apresenta riscos para a vida da população, já que os trens e plataformas podem superlotar. Na greve de abril, considerada a maior da história do metrô de BH, quando os trabalhadores cruzaram os braços por mais de 40 dias, o serviço funcionou em escala mínima entre 10h e 17 horas.
 
Para a negociação de agora, os metroviários dizem que é possível garantir a escala mínima nos horários fora de pico. A decisão de manter os 60% da frota será cumprida integralmente no final de semana, devido ao menor fluxo de passageiros.

A paralisação dos metroviários começou à meia-noite de quinta-feira (25/6). A categoria protesta contra as decisões tomadas no processo de privatização do metrô de BH, que deverá ir a leilão em novembro.

Segundo o Sindicato dos Metroviários de Minas Gerais (Sindimetro), a privatização terá como consequências demissão dos concursados e aumento da passagem.

Funcionamento em escala mínima


O Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais (TRT-MG) determinou, na tarde dessa quinta-feira (25/8), que os metroviários de Belo Horizonte mantenham a escala mínima de 60% de funcionamento, em todos os horários, durante a paralisação da categoria. 

A decisão foi descumprida nesta sexta-feira (26/8), já que os metroviários decidiram aguardar a assembleia antes de tomar outras decisões. A multa diária estipulada é na ordem de R$ 35 mil.

Próximos passos da privatização


O Tribunal de Contas da União aprovou, por unanimidade, nessa quarta-feira (24/8), a privatização da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) que administra o metrô de Belo Horizonte. Com a concessão, o Estado de Minas separou quais serão os próximos passos da desestatização do órgão. 

*Estagiário sob supervisão do subeditor Thiago Prata


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