Jornal Estado de Minas

2º FASE BABÁ LARANJA

Pai de empresário é preso na 2ª fase da operação 'Babá Laranja'

Uma semana depois de prender empresário do segmento de veículos agrícolas, suspeito de utilizar a babá da família como ‘laranja’, a Polícia Civil (PC) de Uberaba prendeu nessa sexta-feira (26/8) o pai dele. Duas empresas do segmento de compra e venda de maquinários agrícolas foram alvos da segunda fase da operação denominada de “Babá Laranja”.




 
Segundo o delegado Thiago Cruz, ficou comprovado que o suspeito preso foi responsável por adulterar dois maquinários em empresas da família, o que é crime ambiental.
 
“As duas máquinas agrícolas foram apreendidas. Em uma delas consta o motor de um caminhão registrado em São Paulo. Verificamos o local e há sinais de poluição ambiental, ou seja, crime ambiental", declarou o delegado que complementa que até o momento as investigações não apontam o envolvimento da babá em crimes de compra e venda de veículos e máquinários agrícolas, roubados e receptados na região de Uberaba, além do crime lavagem de dinheiro. “Ela era mesmo usada por esses empresários e ela não ganhava nada por isso”, disse.
 

A 1ª fase da operação

No dia 19 de agosto (sexta-feira), na 1ª fase da operação, a PC de Uberaba prendeu um empresário do segmento de veículos agrícolas, suspeito de utilizar a babá da família como ‘laranja’, e cumpriu três mandados de busca e apreensão e 11 sequestros de veículos, avaliados em cerca de R$ 2 milhões, entre eles maquinários agrícolas (tratores, caminhões e pá-carregadeiras) e veículos de luxo, que seriam produtos de furtos, roubos e receptação.
 
Segundo a Polícia Civili de Uberaba, o principal objetivo da operação é desmantelar uma associação criminosa que comete furtos, roubos e receptação de caminhões, tratores, entre outros maquinários agrícolas.
 
As investigações apontam que empresas do segmento agrícola estariam adquirindo materiais, produtos de crimes, e, como pagamento, recebendo veículos de luxo, que seriam transferidos para o nome de uma babá, visando ocultar o suposto patrimônio ilícito.
 
No nome da babá já teriam sido movimentados 16 veículos, contabilizando o patrimônio dela em aproximadamente R$ 3 milhões.