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O agente operacional da concessionária que administra a estrada, a Via-040, Wellis Fernandes acompanhou o desenrolar do incêndio. "O pessoal do (bairro) Água Limpa colocou fogo na beira da rodovia. As chamas ficaram altas e começaram a ser espalhadas pelo vento e atravessaram a BR-040 e chegou (sic) na Serra da Moeda. É muito triste ver que o fogo destrói tudo. Pior ainda vermos os animais, tentando correr do fogo de todo jeito para sobreviver e muitos não conseguiram. Uma tristeza", definiu.
Líder da segunda equipe de brigadistas da Associação Mineira de Defesa do Ambiente (AMDA) a combater o incêndio, Evaldo Gomes conta que o vento e a vegetação seca dificultaram o combate com chicotes, sopradores e bombas de água costais. A sorte também contou a favor deles.
"O Topo do Mundo e a Serra da Moeda só não foram destruídos porque uma área que já tinha queimado antes interrompeu o fogo e pudemos nos concentrar em outros setores. Senão, seria muito feio. Isolamos o fogo e conseguimos controlar tudo", disse o brigadista.
De acordo com Evaldo, vários bens poderiam ser atingidos se as chamas avançassem, sobretudo morro acima, onde a topografia acelera o poder de propagação das chamas sobre o mato de cerrado e campos de altitude ressecados.
"Isso daqui (os incêndios criminosos) mata a nossa água, a água potável e os animais. Mas o maior prejudicado acaba sendo o ser humano. Ou seja, nós prejudicamos a nós mesmos", afirma Evaldo Gomes.
Duas viaturas com tração 4X4 do CBMMG percorrem toda a área monitorando a situação e avaliando o risco de um novo foco.