“Meu irmão foi morto de maneira covarde. Ele não estava armado”. A fala é de Rosileia da Silva, de 38 anos, irmã do homem de 37 anos morto durante operação da Polícia Militar, na manhã desta terça-feira (30/8), em um beco no Aglomerado Cabana do Pai Tomás, na Região Oeste de Belo Horizonte.
Em entrevista ao Estado de Minas, a mulher contou que o irmão não tinha arma e não estava armado no momento da abordagem dos policiais. A versão da família contradiz o que foi repassado à imprensa pela PM.
De acordo com Rosileia, o irmão tinha passagem por tráfico, mas já havia sido preso, julgado e cumprido pena pelo crime. Ela afirmou que ele estava trabalhando em uma lanchonete da região.
“Ele trabalhava, não tinha mais envolvimento com o tráfico. Ele ficou preso por sete anos, pagou pelos seus erros. Nós ficamos sabendo que ele estava na casa de uma amiga, e quando abriu o portão o policial atirou nele”, contou a mulher.
Manifestação
Pelas redes sociais, os moradores do aglomerado convocaram a população para um protesto contra as “operações policiais truculentas e desnecessárias na comunidade”. O ato está previsto para acontecer às 19h, na Rua Independência.
Operação
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O homem foi atingido uma vez no peito. Após a ação, a vítima foi encaminhada para o hospital, mas não resistiu. Os outros quatro homens que também estavam no ponto de tráfico denunciado conseguiram fugir e até o momento não foram presos.
Mortes em operações
No dia 16 de julho, um policial atirou em um homem de 29 anos na Vila Barraginha, em Contagem. No dia 19 de agosto, um adolescente de 15 anos foi baleado na Vila Embaúbas, também na Região Oeste de BH.
Nas duas ocasiões, os policiais foram acionados por denúncias anônimas contra o tráfico de drogas e que os suspeitos estariam armados.