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Estado de Minas PRIVATIZAÇÃO

Greve do metrô de BH: escala de 60% é mantida após assembleia do sindicato

Paralisação contra privatização começou na semana passada. Sindimetro afirma que CBTU está descumprindo acordo


01/09/2022 20:15 - atualizado 01/09/2022 21:16

Pessoas transitam por estação de metrô em Belo Horizonte com luz do dia na lateral
Sindimetro afirma que CBTU está fazendo viagens acima do limite e convocando trabalhadores para hora extra (foto: foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)
O Sindicato dos Metroviários de Belo Horizonte (SindiMetro) decidiu nesta quinta-feira (1/9) manter o funcionamento do metrô com a escala mínima de 60%, definida pela Justiça. O encontro ocorreu na Estação Central, às 17h30.

 

A greve dos metroviários começou na última quinta-feira, 25 de agosto, um dia após o Tribunal de Contas da União (TCU) autorizar a privatização do modal. A categoria afirma que a venda do sistema vai trazer prejuízos aos trabalhadores, além de um aumento na passagem paga pelos usuários.

 

Na sexta-feira (26) a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), que opera o metrô de BH, conseguiu uma liminar para que ele funcionasse com 60% da capacidade e com maior intervalo entre as viagens. Caso o Sindimetro não cumprisse a decisão, as multas diárias foram estipuladas em R$ 35 mil.

 

Sindimetro afirma que CBTU não está cumprindo acordo

 

Segundo o presidente do Sindimetro, Daniel Glória, os metroviários estão abertos a negociações. "Queremos dialogar para oferecer o melhor possível para os usuários e para os trabalhadores”.

 

Glória explica que a diretoria fez uma avaliação sobre essa primeira semana de greve e levantou algumas irregularidades por parte da CBTU. “O volume diário de viagens antes da greve era de 195 viagens/dia. Agora, a empresa está ofertando 162, quando o correto era ser 117, que representa 60% como foi acordado na liminar”.

 

Além disso, a empresa estava convocando funcionários que estavam em descanso semanal remunerado para trabalhar, sendo pagos com hora extra. “Na visão do sindicato, a convocação de serviço extraordinário para um sistema que está operando em escala mínima é incoerente”, disse o presidente, complementando que, para ele, essa atitude configura uma tentativa de minar o direito constitucional de greve.

 

A reportagem questionou a CBTU, que enviou a nota abaixo sobre as informações do Sindmetro:

 

“Em atendimento à Ordem Judicial, a CBTU está operando com o quantitativo máximo de 60% dos trens habitualmente praticados. Nos horários de pico, por exemplo, 20 trens prestavam serviço à população, mas com a greve, 12 metrôs estão rodando e não há trens acoplados.

 

Concomitante ao cumprimento da liminar, e certa do importante papel que exerce na mobilidade urbana da Cidade, a Companhia busca sempre a melhor estratégia operacional para atender aos usuários do transporte sobre trilhos da Região Metropolitana de Belo Horizonte.

 

Quanto à acusação sobre a convocação de funcionários, a CBTU afirma que os empregados estão trabalhando em suas escalas habituais e não houve convocação de pessoal durante à greve.”

 

 

 


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