A perícia da Polícia Civil de Minas confirmou a existência de monotilenoglicol em um dos petiscos consumidos por cachorros, que morreram em Minas Gerias. A informação foi repassada nesta sexta-feira (2/9), pelo chefe da instituição delegado Joaquim Francisco Neto e Silva, e pela delegada da delegacia especializada em defesa do consumidor, Danúbia Quadros.
De acordo com a delegada Danúbia, até o momento, os testes periciais constataram a presença do componente em apenas um dos três petiscos que já foram periciados.
Além do resultado do teste, a PC confirmou, também, uma nova morte em Belo Horizonte. Até o momento, sete cachorros morreram na capital, um em Piumhi, na região Centro-Oeste do Estado, dois em São Paulo. Além disso, outros seis animais que consumiram o produto estão internados.
O laudo de necrópsia feito pelo Hospital Veterinário da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) apontou que o estado clínico que levou à morte dos animais é “altamente sugestivo” de intoxicação por etilenoglicol, substância proibida em alimentos.
O monoetilenoglicol foi uma das substâncias tóxicas encontradas na cerveja Belorizontina, da Backer, em Belo Horizonte, em 2019. O produto faz parte da mesma “família” do dietilenoglicol, também encontrado na bebida, e responsável pela intoxicação de 29 pessoas, sendo que dez delas morreram.
Mais estados
Além de Minas e São Paulo, a PCMG recebeu denúncias de supostas intoxicações em mais sete estados e o Distrito Federal. Entre os locais estão: Rio de Janeiro, Goiás, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Alagoas, Sergipe e Paraná.
Com as novas denúncias a delegada do caso fez um apelo aos tutores que entrem em contato com as delegacias locais. "Saiam das redes sociais e dos grupos de Whatsapp e levem as informações ao conhecimento das autoridades responsáveis", pediu.