Jornal Estado de Minas

METRÔ

Sindicato dos metroviários de BH se reúne para decidir rumos da greve

Metroviários de Belo Horizonte se reúnem nesta terça-feira (6/9) para decidir os rumos da greve que está em curso desde o dia 25 de agosto, quando a privatização do metrô foi aprovada pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Após uma liminar concedida pela Justiça à Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), que opera o modal em BH, o transporte está funcionando com 60% da capacidade. 





 

O Sindicato dos Metroviários de Belo Horizonte (SindiMetro) afirma que a CBTU não cumpre com o estipulado pela decisão, com um volume diário de viagens acima do valor máximo e convocando trabalhadores em regime de hora extra. "Dessa forma, ela impede o trabalhador de exercer seu direito de greve", diz o presidente do Sindimetro, Daniel Glória.

 

Na última quinta-feira (1/9), em assembleia na Estação Central, a categoria decidiu por manter a greve contra a privatização. Segundo Glória, a reunião da diretoria que acontece amanhã vai “avaliar os descumprimentos da CBTU e decidir como tocar o movimento. Não está descartada uma nova assembleia”.

 

Durante a Virada Cultural, realizada nesse final de semana (3 e 4/9) em BH, o Sindimetro afirmou que a CBTU também descumpriu com o acordado na Audiência de Conciliação do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-MG) por manter o metrô funcionando 24h por dia. 

 

A CBTU, em nota divulgada nesta segunda, informa que, "durante o movimento paredista, as bilheterias do metrô funcionam das 5h40 às 23h, e as estações estão abertas das 5h15 às 23h para quem já possui cartão ou bilhete do metrô”.

 

“Os intervalos entre trens foram aumentados, para cumprimento da liminar: nos dias úteis, o intervalo será de 9 minutos nos horários de pico e 25 minutos nos horários de vale”, diz.


* Estagiária sob supervisão do subeditor Thiago Prata