O Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) determinou nesta terça-feira (6) a suspensão imediata do uso em linhas de produção de dois lotes da matéria-prima propilenoglicol da empresa Tecno Clean Industrial LTDA.
Segundo nota divulgada no fim da manhã desta quarta-feira (7), investigações do ministério detectaram que dois lotes de propileno glycol USP (AD5053C22 e AD4055C21) foram adquiridos e utilizados pela Bassar Indústria e Comércio Ltda, fabricante dos petiscos que, segundo apuração policial, podem ter causado intoxicação e morte de animais.
Tutores de nove estados e do Distrito Federal relataram à Polícia Civil de Minas Gerais mortes de cachorros após o consumo de petiscos da Bassar. A investigação contra a empresa levou à interdição de uma fábrica, localizada em Guarulhos (SP), e ao recolhimento de todos os lotes de produtos pelo Ministério da Agricultura.
Os produtos identificados com suspeita de contaminação são o Every Day sabor fígado (lote 3554) e o Dental Care (lote 3467), de acordo com o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento). A Bassar divulgou que, "por precaução", também iniciou a retirada do lote 3775 da marca Bone Everyday assim que soube das denúncias.
De acordo com o ministério, as empresas fabricantes de produtos para alimentação animal registradas na pasta também devem identificar os produtos fabricados com o uso dessas matérias-primas e, caso encontrem, devem fazer o recolhimento no comércio atacadista e varejista. "Os procedimentos deverão ser comunicados aos serviços de inspeção de produtos de origem animal de cada jurisdição, para controle e ações complementares do Mapa", diz o comunicado da pasta. "O Mapa encaminhou ofício às associações Abinpet, Sindirações, Abiam e Abra para que reúnam esforços na divulgação dos dados junto a seus associados", completa o texto.
A reportagem tentou contato com a empresa Tecno Clean, mas não recebeu retorno até a publicação desta reportagem. Por telefone, um atendente da fábrica em Contagem (MG) afirmou que não havia ninguém para se posicionar, por causa do feriado de 7 de Setembro. Também não houve resposta por email.
A Bassar tem afirmado que não teve acesso ao laudo produzido pela polícia, mas que colabora com as autoridades desde o início dos relatos, na semana passada. A fabricante diz que interrompeu a produção "até que sejam totalmente esclarecidas as suspeitas de contaminação", e que contratou uma perícia para fazer uma "inspeção detalhada de todos os processos de produção e maquinários em sua fábrica".
Em Minas, a polícia confirmou o falecimento de oito cachorros que teriam ingerido alimentos da Bassar. Um grupo de WhatsAPP com tutores de 30 cães mortos ou que precisaram ser internados tem discutido sobre ações na Justiça. Os animais com suspeita de intoxicação sofreram convulsões, vômito, às vezes com sangue, diarreia e prostração. Exame realizado pela Escola de Veterinária da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) em um dos cães apontou falência nos rins como causa da morte e sugeriu, de forma não conclusiva, a presença de etilenoglicol no animal.
O setor de perícia da Polícia Civil identificou em um produto da empresa a substância monoetilenoglicol, utilizada para refrigeração. O produto é da mesma família do dietilenoglicol, apontado como causa da morte de dez consumidores da cerveja Belorizontina, da marca mineira Backer, entre 2019 e 2020.
Segundo nota divulgada no fim da manhã desta quarta-feira (7), investigações do ministério detectaram que dois lotes de propileno glycol USP (AD5053C22 e AD4055C21) foram adquiridos e utilizados pela Bassar Indústria e Comércio Ltda, fabricante dos petiscos que, segundo apuração policial, podem ter causado intoxicação e morte de animais.
Tutores de nove estados e do Distrito Federal relataram à Polícia Civil de Minas Gerais mortes de cachorros após o consumo de petiscos da Bassar. A investigação contra a empresa levou à interdição de uma fábrica, localizada em Guarulhos (SP), e ao recolhimento de todos os lotes de produtos pelo Ministério da Agricultura.
Os produtos identificados com suspeita de contaminação são o Every Day sabor fígado (lote 3554) e o Dental Care (lote 3467), de acordo com o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento). A Bassar divulgou que, "por precaução", também iniciou a retirada do lote 3775 da marca Bone Everyday assim que soube das denúncias.
De acordo com o ministério, as empresas fabricantes de produtos para alimentação animal registradas na pasta também devem identificar os produtos fabricados com o uso dessas matérias-primas e, caso encontrem, devem fazer o recolhimento no comércio atacadista e varejista. "Os procedimentos deverão ser comunicados aos serviços de inspeção de produtos de origem animal de cada jurisdição, para controle e ações complementares do Mapa", diz o comunicado da pasta. "O Mapa encaminhou ofício às associações Abinpet, Sindirações, Abiam e Abra para que reúnam esforços na divulgação dos dados junto a seus associados", completa o texto.
A reportagem tentou contato com a empresa Tecno Clean, mas não recebeu retorno até a publicação desta reportagem. Por telefone, um atendente da fábrica em Contagem (MG) afirmou que não havia ninguém para se posicionar, por causa do feriado de 7 de Setembro. Também não houve resposta por email.
A Bassar tem afirmado que não teve acesso ao laudo produzido pela polícia, mas que colabora com as autoridades desde o início dos relatos, na semana passada. A fabricante diz que interrompeu a produção "até que sejam totalmente esclarecidas as suspeitas de contaminação", e que contratou uma perícia para fazer uma "inspeção detalhada de todos os processos de produção e maquinários em sua fábrica".
Em Minas, a polícia confirmou o falecimento de oito cachorros que teriam ingerido alimentos da Bassar. Um grupo de WhatsAPP com tutores de 30 cães mortos ou que precisaram ser internados tem discutido sobre ações na Justiça. Os animais com suspeita de intoxicação sofreram convulsões, vômito, às vezes com sangue, diarreia e prostração. Exame realizado pela Escola de Veterinária da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) em um dos cães apontou falência nos rins como causa da morte e sugeriu, de forma não conclusiva, a presença de etilenoglicol no animal.
O setor de perícia da Polícia Civil identificou em um produto da empresa a substância monoetilenoglicol, utilizada para refrigeração. O produto é da mesma família do dietilenoglicol, apontado como causa da morte de dez consumidores da cerveja Belorizontina, da marca mineira Backer, entre 2019 e 2020.