Jornal Estado de Minas

DIAS DE ANGÚSTIA

Em busca de Ana: pais pedem ajuda para achar filha desaparecida em BH

Os pais de Ana Luiza Santos Batista, de 17 anos, experimentam dias de angústia desde que a jovem desapareceu na manhã dessa terça-feira (6/9) após sair da escola, no bairro Fernão Dias, região Nordeste de Belo Horizonte. Em entrevista ao Estado de Minas nesta quinta-feira (8/9), o carpinteiro e pai da adolescente, Gilmar da Cruz, de 46 anos, pede ajuda nas buscas por sua filha. 




 
Segundo Gilmar, sua esposa, Marlene Santos Batista Cruz, de 38, tem chorado todos os dias e enfrentado dificuldades para dormir. “Quando ela consegue pegar no sono, acorda assustada. Ela também não está comendo direito”, comentou. 
 
O pai conta que estava na roça, quando recebeu uma mensagem da filha informando que iria para a casa de uma colega da escola, mas, posteriormente, descobriu que ela estava mentindo. “Ela foi para a Virada Cultural no sábado (3/9). O ex-namorado dela viu que ela postou um vídeo nas redes sociais dançando funk e mandou para minha mulher”, lembrou. 

Na segunda-feira (5/9), quando ele voltou da roça, a esposa contou que Ana tinha passado a noite toda fora e chegou em casa às 7h de domingo. “Chamei a atenção dela e coloquei algumas restrições. Ela estava com o olho roxo. Quando perguntei o que tinha acontecido na Praça da Estação (onde aconteceu o evento cultural), ela disse que caiu no banheiro aqui de casa, mas não acreditei”, explicou. A partir daí, pai e filha iniciaram uma discussão. 




 

Desaparecimento


Ainda conforme Gilmar, na terça-feira ele foi à escola buscá-la, por volta das 11h30, mas não a encontrou. Depois de o pai recorrer à Polícia Militar, as autoridades orientaram a aguardar 24 horas para comunicar o desaparecimento. 
 
Na quarta-feira (7/9), os pais procuraram a polícia novamente e registraram o desaparecimento da jovem. Em contato com a vice-diretora do colégio, eles foram informados que a mãe de uma aluna, colega da filha, avisou por telefone que Ana estava no bairro Santa Tereza, na região Leste de BH. 
 
“Pedi o endereço dela, mas a vice-diretora disse que não poderia fornecer dados de terceiros, que isso iria contra a política da escola. Para ter essa informação, ela falou que somente com uma ação judicial. Achei isso muito estranho e decidi ir à Polícia Civil. O inspetor ligou para a vice-diretora, e ela falou a mesma coisa”, contou o pai, acrescentando que também procurou hoje auxílio na Vara da Infância e Juventude.

“Porém, eles orientaram a gente a contratar um advogado para entrar com uma ação judicial e assim obter o endereço”, completou. 
 
Além das medidas legais, os pais pedem o auxílio da população. Nesse sentido, quem tiver informações pode entrar em contato com a família pelos telefones (31) 99357-2219 e (31) 98980-0233.