“Foram noites muito longas e sufoco atrás de sufoco.” Esta é a fala de Ludmila Jesus da Silva, de 21 anos, que ficou presa com a filha Kiara, 3, em uma região de mata densa perto da rodovia MG-415, entre Morada Nova de Minas e Biquinhas, na Região Central de Minas Gerais. Depois de mais de 72 horas, as duas foram encontradas na tarde dessa segunda-feira (12/9) e receberam alta do hospital na manhã de hoje.
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“Foi sufoco atrás de sufoco e noites muito prolongadas. No primeiro dia, eu tentei encontrar ajuda, mas olhava para os lados e só via mato. A partir disso, comecei a procurar lugares onde tinha água e conseguia achar alimentos. Assim que amanhecia, caminhávamos na tentativa de encontrar alguém”, explicou.
Para Ludmila, estar com a filha lhe deu a força necessária para tentar sair do local. “Ela que me deu força, pois eu já não tinha mais nenhuma. Pensei que não conseguiriam achar a gente, fiquei com muito medo. Agora estamos bem, ainda nos recuperando”, afirmou.
Entenda o caso
Mãe e filha desapareceram na tarde da última sexta-feira (9/9). De acordo com o Corpo de Bombeiros (CBMMG), o namorado de Ludmila, Valter Moreira, de 23 anos, que dirigia o veículo, informou que as duas haviam saído de Ribeirão das Neves, Região Metropolitana da capital, para a casa da mãe da jovem, em Morada Nova de Minas, quando o carro estragou. Para tentar avisar aos familiares, Ludmila e Kiara desceram do carro para procurar sinal de telefone, mas sumiram.
O local onde elas desapareceram é uma mata densa e fechada. A mulher e a criança foram localizadas por um drone operado por um voluntário civil, que recebeu orientações de um oficial da patrulha rural da Polícia Militar (PM). Quando foram encontradas, Ludmila estava com a saúde fragilizada e não conseguia explicar as dinâmicas dos acontecimentos.
Veja o vídeo do resgate:
*Estagiária sob supervisão do subeditor Eduardo Oliveira