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Estado de Minas FEMINICÍDIO

Caso Lorenza: prisão preventiva de promotor será analisada mais uma vez

Avaliação é feita a cada 90 dias pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais


13/09/2022 16:40 - atualizado 13/09/2022 16:40

Promotor André Luís Garcia de Pinho
André Luís Garcia de Pinho está preso de forma preventiva desde março de 2021 (foto: Facebook e MPMG/Divulgacao)
A Justiça mineira vai analisar, nesta quarta-feira (14/9), às 13h30, a prisão preventiva do promotor André Luís Garcia de Pinho, acusado de ter matado a esposa Lorenza de Pinho em abril de 2021.

análise da prisão preventiva de Pinho acontece a cada 90 dias. Ao Estado de Minas, a defesa do promotor afirmou que o processo faz parte do sistema de Justiça. Os advogados informaram que vão se pronunciar apenas ao final do julgamento. 


Por ser promotor, o suspeito possui foro privilegiado. Além de não ficar detido em presídio comum, em agosto deste ano, durante a primeira audiência de instrução do caso, Pinho foi julgado por um colegiado de desembargadores que compõem um órgão especial do TJMG. 

Procurado, o tribunal afirmou que a reunião, que acontece uma vez por mês, faz parte do protocolo da instituição e que outros casos também poderão ser analisados. O pleno é aberto ao público. 

Esperança

O aviador Marco Aurélio Silva, pai de Lorenza, acredita que o corpo de desembargadores que vai analisar a prisão do promotor vai, mais uma vez, votar pela permanência da reclusão. Ele afirma que as provas apresentadas pela denúncia do Ministério Público mostram o quanto o acusado “é um perigo para a sociedade”. 

“Nós nos sentimos extremamente invadidos cada vez que vamos a esse tribunal. Todas as vezes que nós fomos a esse tribunal, a liberdade do André foi negada por unanimidade. Ele é um perigo solto, nós esperamos que esses desembargadores mais uma vez deixem ele preso”, concluiu o aviador. 
 

Relembre o caso 

Lorenza Maria foi morta no dia 2 de abril de 2021, no apartamento onde morava com o então promotor André Luís Garcia de Pinho, no Bairro Buritis, na Região Oeste de Belo Horizonte. O casal teve cinco filhos.

André Luís foi denunciado por feminicídio qualificado por motivo torpe, asfixia e recurso que dificultou a defesa da vítima. O laudo do IML aponta que Lorenza foi envenenada. O corpo dela apresentava, ainda, lesões provocadas por estrangulamento.


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