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Estado de Minas DATA MARCADA

Justiça marca audiência de suspeitos de matar menina em ritual religioso

Advogado dos acusados de homicídio com dolo eventual contra criança de 5 anos informou que pedirá à Justiça a liberdade de todos eles. Encontro será no dia 19


15/09/2022 16:17 - atualizado 15/09/2022 16:47

Juiz criminal de Frutal vai ouvir os seis suspeitos do suposto homicídio e também testemunhas de acusação e defesa
Juiz criminal de Frutal vai ouvir os seis suspeitos do suposto homicídio e também testemunhas de acusação e defesa (foto: TJMG/Divulgação)

A Justiça marcou para a próxima segunda-feira (19/9) a audiência de instrução e julgamento dos suspeitos de matar a pequena Maria Fernanda Camargo, de 5 anos, durante um durante um suposto ritual religioso realizado no fim de março. O encontro deve ser estendido para os dias 20 e 21 de setembro no Fórum de Frutal, no Triângulo Mineiro.

As investigações da 3ª Delegacia Regional de Frutal concluíram que um guia espiritual e seu auxiliar, além de mãe, avós maternos e tia de Maria Fernanda, assumiram o risco de matar a criança. Assim, todos foram indiciados no dia 23 de maio pelo crime de homicídio com dolo eventual.

O guia espiritual está detido em um presídio de Frutal. A mãe, a avó e a tia da garota permanecem na penitenciária de Uberaba. Já o avô da criança e o auxiliar do religioso respondem ao processo em liberdade.

Advogado pedirá liberdade aos suspeitos


O advogado de defesa da família da vítima, José Rodrigo Almeida, pedirá a liberdade da família de Maria Fernanda durante a audiência com o juiz de Direito. “Eu não acredito que ele (o juiz) decida na hora”, frisou. Ele ainda revelou que aguarda um habeas corpos em favor da avó da criança. “Nós já pedimos que ela cumpra a prisão em seu domicílio”.

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Também serão ouvidos na audiência pelo juiz criminal de Frutal testemunhas de acusação e de defesa. “E ao final da instrução vamos requerer a liberdade de todos os nossos clientes por entender que agora terminando a instrução criminal a gente não vê mais motivo para a manutenção da custódia”, destacou José Rodrigo.

Para o advogado, o processo está caminhando de forma rápida. “Mais ágil do que esperávamos. A gente acredita num posicionamento positivo do juiz (...). Vamos aguardar o posicionamento do Judiciário (...). A gente confia na Justiça”.

Primeira versão foi de acidente doméstico


À época do episódio, os suspeitos disseram ao delegado de plantão da Polícia Civil de Frutal que Maria Fernanda teria se ferido em um acidente doméstico envolvendo álcool e uma churrasqueira.

“Contudo, as investigações apontaram que a vítima teria sido utilizada em um ritual de evocação e incorporação de espíritos, na companhia dos avós, da tia e da mãe”, destacou a nota da PC.

Ainda segundo a Polícia Civil, o homem apontado como líder espiritual teria jogado álcool com ervas no corpo da criança e, posteriormente, ateado fogo usando uma vela, queimando-a viva.

Maria morreu em decorrência de queimaduras que atingiram quase 100% do corpo. Ela faleceu na madrugada de quinta-feira (25/3) em um hospital de São José do Rio Preto, no interior de São Paulo.

A vítima, que cursava o primeiro ano do ensino fundamental da Escola Particular Vencer, em Frutal, foi sepultada no Distrito de Santo Antônio do Rio Grande, conhecido como Lagoa Seca, em Fronteira (MG), a cerca de 60 quilômetros de distância.


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