Segundo a delegada Danúbia Quadros, da Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon), o homem tem 41 anos e costuma aplicar os golpes em igrejas, hospitais e na Rodoviária de Belo Horizonte. Ele não é credenciado em nenhum aplicativo de corridas, como Uber e 99.
O homem abordava as vítimas dizendo que havia tido uma corrida cancelada pelo aplicativo e oferecia o serviço de transporte com pagamento por cartão de crédito. Ele informava o valor de R$ 30 a R$ 50 pela corrida mas registrava R$ 2.000 a R$ 3.000 reais na máquina de cartões, escondendo o valor das vítimas com um spray preto na tela.
De acordo com a delegada, com algumas vítimas ele fingia que o pagamento havia sido cancelado e passava o cartão de novo, levando a um prejuízo de pelo menos R$ 6.000 para a mesma pessoa.
"Ele se aproveita de pessoas idosas e com deficiência, visando a vulnerabilidade dessas vítimas", informou a policial. O homem já foi preso outras duas vezes neste ano. Na primeira ocasião foi preventivamente, mas acabou liberado em maio. Em junho, foi preso em flagrante e logo em seguida novamente liberado.
“Ele tem mais de um endereço, o que dificulta sua localização”, disse a delegada Danúbia Quadros. Hoje, a Polícia Civil cumpriu um mandado de busca e apreensão em duas residências do homem, em Betim e em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
O homem tem antecedentes de violência doméstica e tráfico, além do crime patrimonial de estelionato. Na Decon, ele tem 13 indiciamentos. O estelionatário já aplicou um golpe em um senhor que veio para Belo Horizonte para o enterro da mãe.