Moradores dos conjuntos habitacionais Ipê e Hibisco, em Caeté, Região Metropolitana de Belo Horizonte, denunciam falta de água há cinco dias. De acordo com eles, desde segunda-feira (12/9), o fornecimento de água foi interrompido sem aviso prévio. Ocasionalmente, um caminhão pipa do Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Caeté (Saae) leva água, porém, não tem sido suficiente.
De acordo com uma moradora que não quis se identificar, os cortes no fornecimento de água são constantes. “Ficamos quatro dias sem água. Ontem à noite mandaram um caminhão pipa, mas não dá para ficar assim, nós temos crianças.”
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Moradores de Morro Vermelho, em Caeté, participam de homenagens à padroeiraPolícia investiga ameaça de morte contra alunos e professores em CaetéONG denuncia que prefeitura de Caeté descumpre decisão da Justiça há 2 anosAinda de acordo com a moradora, quando ligam para o Saae são informados de que a água será ligada à noite, o que não acontece. “Estamos muito esquecidos naquele lugar, tem hora que não tem água nem para beber.”
Por fim, a moradora argumenta ainda que suspeita que sua neta tenha tido uma diarreia devido à qualidade da água.
A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Caeté e foi informada de que o Saae tem a responsabilidade de tomar as devidas providências. Além disso, foi esclarecido que o município não tinha conhecimento da falta de água no local.
Em resposta ao Estado de Minas, o superintendente do Saae, Fernando José da Silva, enviou uma nota de esclarecimento. Confira na íntegra:
“Na terça-feira (13/9) houve um rompimento no sistema à noite, foi necessário o fechamento do sistema. O sistema foi corrigido durante a quarta-feira (14/9) e por se tratar de um local alto é o último a normalizar.
Quando acontece algum imprevisto que acarreta na falta de água o SAAE tem uma prestação emergencial de fornecimento de água por caminhão pipa da água tratada (clorada) por nosso sistema ou seja água potável. Nos condomínios as caixas d’águas são de pequeno porte e é comum moradores levarem baldes, panelas entre outros para coletar água, pois não é possível jogar diretamente nas caixas por se tratar de construções que não tem livre acesso às caixas. Dessa forma não podemos garantir que o vasilhame esteja livre de impurezas e nem a forma do uso individual.
Uma possível contaminação seria responsável por um surto e não um caso ou dois casos isolados.
Na quinta-feira (15/9) o sistema operou normalmente . Pode ocorrer nesse período de estiagem não ter água em determinados pontos nas 24 horas do dia, mas parte do dia nesse período de estiagem é fornecido água para que o usuário faça sua reserva para o uso diário.
As manobras do sistema de abastecimento ocorrem em toda cidade neste período, de forma a garantir que toda a cidade receba água.”