O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) determinou que mais três empresas de alimentos para animais recolham petiscos que são fabricados com lotes de propilenoglicol contaminado com monoetilenoglicol, substância tóxica para animais e pessoas.
As empresas FVO Alimentos Ltda, Peppy Pet e Upper Dog Comercial Ltda devem retirar os lotes indicados pelo Mapa das prateleiras de todo o território nacional.
As empresas FVO Alimentos Ltda, Peppy Pet e Upper Dog Comercial Ltda devem retirar os lotes indicados pelo Mapa das prateleiras de todo o território nacional.
De acordo com o Mapa, os produtos Bifinho Bomguytos, nos sabores frango 65g (lote 103-01) e churrasco (lotes 221-01, 228-01, 234-01 e 248-01); Bifinho Qualitá, sabor churrasco (lote 237-01), e Dudogs (lotes 237-01 e 242-01), da FVO Alimentos, deverão ser recolhidos.
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O que dizem as empresas
Com a dúvida de quais produtos podem ou não estar contaminados com monoetilenoglicol, a FVO Alimentos, que revende para 24 estados e o Distrito Federal, informou na última quinta-feira (15/9) que, em resposta ao ofício do Mapa, de forma preventiva faria a retirada dos produtos Dudogs, Patê Bomguy e Bomguytos Bifinho (nos sabores churrasco e frango & legumes) do mercado varejista em todo o território nacional.
Em nota, a empresa afirmou que não há indícios de “qualquer intercorrência relacionada às marcas” e que os testes de análise dos produtos serão concluídos em cerca de 30 dias. “A decisão perdurará até que fiquem prontos os resultados laboratoriais da testagem dos produtos e seja afastada qualquer possibilidade de risco em seu consumo, zelando pela saúde e bem-estar do animal”.
A reportagem procurou a Peppy Pet Indústria e Comércio de Alimentos para Animais e a Upper Dog Comercial Ltda para se pronunciarem sobre a decisão do Mapa, mas não obteve resposta.
Origem da contaminação
Desde que os casos de intoxicação de cães começaram a aparecer em todo o país, os órgãos de controle do Governo Federal têm tido dificuldades para confirmar a origem da contaminação. Nessa quinta-feira (15/9), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) indicou a possibilidade de envolvimento de mais um personagem na procura da fonte das contaminações.
Por meio de nota, o órgão informou que, no momento, as investigações indicam “uma possível contaminação do propilenoglicol por monoetilenoglicol, oriundo de empresa sem registro”. No entanto, a pasta afirmou que as apurações ainda não determinaram a origem do aditivo utilizado.
Desde então, o número de mortes e internações de cães intoxicados após a ingestão de petiscos com suspeita de contaminação e as dúvidas dos consumidores continuam crescendo.
Segundo os tutores dos animais, até essa quarta-feira (14/9), eles haviam registrado 104 casos em todo o país. Os donos dos animais vítimas dos petiscos criaram um grupo de WhatsApp para trocar informações sobre as ocorrências.