Com dores nas pernas, especialmente no joelho, e bastante revoltada, a faxineira Lenirge Alves de Lima, de 50 anos, está nesta segunda-feira (19/9) em uma delegacia de Belo Horizonte para representar criminalmente contra o homem que a agrediu na última sexta (16/9), enquanto ela lavava a calçada do condomínio onde trabalha, no Bairro de Lourdes, Região Centro-Sul da capital mineira.
A faxineira contou que ainda não conseguiu assistir as imagens que mostram a violência contra ela. “O que sei fico sabendo da boca dos outros. Meus parentes e amigos me ligam chorando. Todos estão chorando junto comigo”.
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Nova audiência entre faxineira agredida e empresário acontece hoje (19/10)'Espero que seja feita justiça', diz faxineira agredida por lavar calçada'Ele é muito perigoso': diz porteiro agredido por síndico em BHAgressor de faxineira se apresenta à Polícia mas fica em silêncioFaxineira agredida: caso vai para Juizado Especial CriminalA funcionária do prédio disse que nunca imaginou passar por uma situação do tipo. “Tenho medo de assalto, mas nunca achei que fosse vítima de uma violência justamente trabalhando”, completou. Segundo ela, o agressor frequenta uma academia perto de onde ela trabalha e tem costume de passar pelo local com o cão que o acompanhava no dia da agressão. Os pais dele, pelo que Lenirge ficou sabendo, moram na Avenida Olegário Maciel, também no Lourdes.
“Será que ele se arrependeu, vai me pedir desculpa? Mas uma coisa eu falo para as pessoas: sempre denunciem esse tipo de situação, Não se calem ”, questionou a vítima.
A violência contra Lenirge foi registrada na última sexta quando ela lavava a calçada do condomínio onde trabalha há 17 anos.
Acompanhado de um cachorro, o homem se aproximou e começou a falar a respeito do desperdício de água, mas não deixou que Lenirge se explicasse e partiu para as agressões. "Ele parecia 'tranquilo', falando que eu estava gastando água do meio ambiente. Mas quando fui explicar que lá fica sujo, porque é a entrada de uma garagem, ele pegou a mangueira e começou a jogar água em mim", relembra.
"Não me deixou nem explicar o que estava fazendo. Do nada, jogou água no meu rosto, não me deixou defender. Em seguida, puxou a mangueira, e eu caí. Ele continuou jogando água e depois foi embora", complementa.
No sábado (17/9), a faxineira fez exame de corpo de delito no Instituto Médico-Legal (IML).