As franquias da rede Magrass que não têm envolvimento com o homem flagrado agredindo uma faxineira com jatos d’água, na última sexta-feira (16/9), têm sofrido retaliações em suas redes sociais. Mesmo com a publicação de notas de esclarecimento, muitas pessoas continuaram comentando, revoltados com a presença do suspeito em uma das franquias
“Seria massa os vândalos chegarem lá na loja e quebrar tudo”, disse uma pessoa na publicação da unidade da clínica de estética no bairro Buritis, na Região Oeste de BH.
Luana Marques, franqueada da unidade da Magrass de Contagem, na Região Metropolitana de BH, contou ao Estado de Minas que, na sexta-feira, dia em que a agressão aconteceu, começou a receber mensagens ofensivas. De acordo com ela, a situação só melhorou quando, no post de esclarecimento, ela permitiu que as pessoas continuassem comentando.
“Na hora que publiquei a nota, bloqueei os comentários, então, eles foram para as avaliações do Google. Então, abri os comentários e deixei as pessoas desabafarem. Como mulher, eu entendo que a atitude dele foi inadmissível, mas, mesmo assim, nós sofremos retaliações”, disse.
Conforme a Rede Magrass, o homem era sócio da unidade de Betim, mas foi desligado após os últimos acontecimentos e a repercussão do caso. "Ressaltamos que não compactuamos com o comportamento do agora ex-sócio desta unidade, e repudiamos qualquer conduta violenta contra as mulheres", afirma a nota.
Relembre o caso
A faxineira de um prédio, no bairro de Lourdes, Região Centro-Sul de BH, foi agredida com jatos d'água de uma mangueira, por um homem que caminhava pela rua Rua Bernardo Guimarães, enquanto ela lavava o passeio do local.
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Acompanhado de um cachorro, ele se aproximou e começou a falar a respeito do desperdício de água, mas não deixou que Lenirge se explicasse e partiu para as agressões.
"Ele parecia 'tranquilo', falando que eu estava gastando água do meio ambiente. Mas quando fui explicar que lá fica sujo, porque é a entrada de uma garagem, ele pegou a mangueira e começou a jogar água em mim", diz.
A mulher registrou um boletim de ocorrência e o caso foi encaminhado para a Polícia Civil. Na manhã deste sábado (17/9), ela compareceu ao Instituto Médico-Legal (IML) de Belo Horizonte e realizou o exame de corpo de delito.