Um vídeo divulgado nas redes sociais mostra uma confusão generalizada em Munhoz, no extremo Sul de Minas, Região de Pouso Alegre, durante uma ocorrência policial. O caso aconteceu no último domingo (18/9), por volta das 20h25, e foi registrado por uma testemunha que estava no local.
O vídeo mostra um policial contendo um homem no chão, com o joelho sobre as costas dele, enquanto várias pessoas estão discutindo e empurrando um outro militar que estava em pé. Em certo momento, um idoso puxa o policial que estava contendo o homem e o outro PM acaba atirando uma bala de borracha contra os populares, que se assustam e começam a gritar e xingar os policiais.
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Ocorrência de perturbação do sossego
De acordo com a PM, os policiais foram acionados por diversas pessoas para uma ocorrência de perturbação de sossego. As reclamações eram sobre o volume do som e a gritaria em bares e lanchonetes na praça central de Munhoz.
Os policiais foram então até um dos estabelecimentos comerciais denunciados e conversavam com a proprietária do local, quando o irmão dela, de 29 anos, chegou questionando a ação e filmando os policiais, segundo a nota da PM.
“Ele se identificou como irmão da proprietária do local e começou a fazer perguntas com intuito de atrapalhar as diligências policiais, bem como começou a filmar a ação dizendo que seus advogados iriam ferrar com os policiais e que também iria publicar o vídeo nas redes sociais, bem como proferindo palavras depreciando o trabalho e a função dos militares. Foram solicitados por duas vezes para que autor se retirasse do local, uma vez que estava atrapalhando o serviço policial”, explicou a nota.
Voz de prisão e uso da força
Ainda segundo a PM, o rapaz se negou a sair do local e queria respostas para seus questionamentos. Com isso, ele acabou recebendo voz de prisão por perturbação do trabalho e desobediência. Mas a PM informou ainda que o autor resistiu à prisão e fez força contra os policiais, tentando usar da violência para não ser algemado. Assim, o uso da força foi necessária.
“O autor disse que não seria preso, passando a praticar resistência ativa contra os policiais militares, resistindo à prisão, fazendo muita força contra os militares, tentando usar de violência, para não ser algemado, motivo pelo qual foi necessário fazer uso moderado da força, controle de contato, controle físico e técnicas de imobilização e algemação”, informou.
A nota afirma ainda que após a voz de prisão, as pessoas que estavam no local começaram um tumulto. A PM contou que o pai do rapaz, de 62 anos, tentou retirar o autor que estava sendo segurado pelos policiais, junto com outro homem, de 28 anos, empurrando e puxando os militares. Com isso, segundo a PM, foi preciso mais uma vez usar da força para conter a situação.
“Empurravam e puxavam os militares com intuito de livrar o cidadão que recebeu voz de prisão, sendo que foi necessário fazer uso diferenciado da força, utilizando de instrumento de menor potencial ofensivo para afastar as tentativas dos arrebatadores e resguardar a integridade física de terceiros e dos militares que estavam encurralados pela multidão”, explicou a nota.
Tiro de borracha e prisão dos autores
Ainda na nota, a PM afirma que o tiro de borracha, registrado nas imagens, foi preciso para que o autor pudesse ser algemado, uma vez que várias pessoas tentavam atrapalhar a ação. Já na viatura, o autor continuou proferindo palavras de baixo calão e desrespeitando os militares.
“Durante a ação, foi realizado um disparo de munição de elastômero em um dos arrebatadores do autor, sendo possível algemá-lo; do disparo, gerou escoriação de lesão leve. Ressalta-se que somente após o disparo que os militares conseguiram algemar o autor e colocá-lo no compartimento de cela da viatura, de maneira que já no interior do referido compartimento, o autor continuou proferindo diversas palavras de baixo calão e desrespeito aos militares”, encerrou a nota.
Todos os envolvidos acabaram sendo levados para a Delegacia, onde assinaram os respectivos Termos Circunstanciados de Ocorrências (TCO), conforme a ação individualizada de cada um deles. Não há informação de quantas pessoas foram conduzidas.
Iago Almeida / Especial ao EM