O responsável pela obra do prédio que desabou no bairro Planalto na região Norte de Belo Horizonte, na madrugada desta quarta-feira (21/9), já havia sido autuado pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG), por irregularidades em outubro de 2021.
De acordo com o conselho, o responsável técnico pelo andamento da construção foi autuado pela falta de identificação em relação ao serviço em execução, já que a placa de obra que constava na edificação indicava outro profissional responsável técnico.
alvará de construção válido até 2025.
Três pessoas ficaram feridas e uma morreu na queda da estrutura. Conforme a Prefeitura de Belo Horizonte, o local já havia passado pelo processo de regularização e tinhaAinda segundo a PBH, em 2016, quando foi constatado que a obra estava sendo conduzida sem licenciamento urbanístico, foi feita uma vistoria e a construção foi interditada. “Além de notificar para que fosse providenciada a regularização, houve ainda aplicação de multa por execução de projeto sem aprovação”, informou em nota
O Executivo informou que a obra foi paralisada no estado em que se encontrava, mas, em 2020, a edificação foi ocupada, mesmo sem haver certidão de baixa de construção (documento conhecido como “Habite-se”). Em 2021, a obra foi regularizada.
Irregularidades
Vizinhos da edificação relataram ao Estado de Minas que o prédio teria sido construído em cima de uma casa. Informações preliminares apontam que a obra era uma construção familiar.
Vizinhos da família ainda relatam que a obra já se arrastava por anos. "Quando eu mudei estava parado. Ano passado eles voltaram a mexer com tudo", conta Elisabeth Nunes, 52 anos, vizinha da família há mais de cinco anos.
Ela conta que estava em casa quando o prédio desabou. "Escutei um barulho forte. Quando fui na janela vi a poeira. Liguei na hora para os bombeiros", conta.
Domingos Vieira, de 56, que mora no quarteirão acima do desabamento, via com desconfiança a obra. "Estava fadado a acontecer isso. Antes de ser o prédio era uma casa. Foi construído em cima dela. A obra já estava condenada" afirma.
O pedreiro da obra, que preferiu não se identificar, disse que ouviu estalos na estrutura e foi orientado a sair. Ele, no entanto, não confirmou quem deu essa orientação.