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Estado de Minas NOVA ESTAÇÃO

Verde em vez de lixo: plantio em área degradada saúda chegada da primavera

Comunidade planta 766 mudas em local que já foi bota-fora para celebrar chegada da temporada das flores. Previsão é de mais chuvas este ano


22/09/2022 04:00 - atualizado 22/09/2022 07:26

(Belo Horizonte - MG. Moradores do Bairro Novo Aarão Reis plantam 766 árvores em área que foi desapropiada)
Moradores do Novo Aarão Reis plantam 766 mudas de espécies frutíferas e da mata atlântica para celebrar o Dia da Árvore com conquista de área verde em terreno antes degradado (foto: GLADYSTON RODRIGEUS/EM/D.A PRESS)
Um antigo sonho de moradores do Bairro Novo Aarão Reis, na Região Norte de Belo Horizonte, cresceu, apareceu e deu frutos para celebrar, a um só tempo, o Dia da Árvore, comemorado ontem, e dar as boas-vindas à primavera, que começa hoje, às 22h04, no hemisfério sul, e termina em 21 de dezembro. “Foram anos de espera e de vontade de ver essa área degradada se transformar em terreno fértil para plantio de 766 mudas de espécies frutíferas e de nativas da mata atlântica”, disse ontem, com alegria e de regador em punho, a costureira e voluntária Elenilza Brito Filho. “Agora, é cuidar de tudo e molhar os pés de laranja, limão, manga, abacate, coco, banana, pitanga e até de cacau.”
 
Se depender das nuvens, as mudas plantadas pela comunidade vão agradecer. Depois das pancadas que marcaram o dia de ontem em Belo Horizonte, a previsão da meteorologia para a estação é de chuvas acima da média histórica, que é de 395,3 milímetros, e temperaturas oscilando entre 18,4 graus (média histórica das mínimas) e a máxima de 28,1 graus.
 
“A primavera marca a transição do período seco para o chuvoso, e já temos volume de chuva em várias regiões de Minas”, explica o meteorologista Claudemir Azevedo, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet)/5º Disme, em Belo Horizonte. Ele destacou o aumento da umidade relativa do ar, que estava ontem na faixa de 40%, devido à massa de ar quente e úmida que chegou ao estado.
 
Depois de um inverno rigoroso e recordes de temperatura na semana passada, associados a inversão térmica, poluição e muita fumaça de incêndios nas matas da região metropolitana, os belo-horizontinos já respiram ares melhores com dias mais úmidos. Há previsão de chuvas fortes em novembro e dezembro e, até lá, de dias bem quentes.

FLORES E FRUTOS
 
Em ruas, praças e áreas verdes de Belo Horizonte, moradores e visitantes podem ver a copa das sibipirunas, floridas de amarelo, que convivem com uma bela herança do inverno: os ipês nos tons rosa e amarelo. Vale a pena admirar e fotografar as árvores frondosas.
 
O Sistema de Informações do Inventário das Árvores de Belo Horizonte identifica 566 espécies na cidade, considerando a arborização de espaços públicos e presentes no afastamento frontal de edificações. A sibipiruna é a espécie mais comum em BH, com 18,9 mil exemplares.
 
No Bairro Novo Aarão Reis, a expectativa é que as mudas plantadas ontem se tornem tão frondosas como os maiores espécimes espalhados pela cidade, depois da entrega pela prefeitura de uma área revitalizada de 4 mil metros e de um novo sistema agroflorestal desenvolvido pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Subsecretaria de Segurança Alimentar e Nutricional.
 
“Antes era entulho para todo lado. Na época das enchentes, o Ribeirão do Onça transbordava e ficava ainda pior”, lembrou a moradora Elenilza Brito Filho ao lado de outros integrantes da comunidade, entre eles Maria Pinheiro Silva, Marilda Costa, Clélia Michelle Sotero de Souza, Fancisco Vieira de Sousa e Andreia Santana. Em clima festivo, alunos da Escola Herbert José de Souza apresentaram danças, performances teatrais e recitais de poemas para celebrar a nova área verde.
 
Segundo nota da PBH, a área de 4,3 mil metros quadrados, localizada na Rua Cinquenta, já foi cenário de ocupações irregulares, queimadas e descarte de lixo. A mudança atende a uma demanda antiga da comunidade, que sofria com constantes atividades irregulares na área.
 
As mudas agora plantadas, precedidas de preparação do terreno, são fruto de compensação ambiental decorrente de intervenção em vegetação para fins de edificações, na qual os empreendimentos ficam responsáveis pela aquisição e plantio, bem como sua manutenção pelos quatro meses posteriores.




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