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Estado de Minas CÁRCERE PRIVADO

Homem que fez criança refém estaria irritado porque a ex 'seguiu a vida'

Leandro Mendes Pereira invadiu a casa onde morou com a mulher nessa quarta-feira (21/9); ele manteve o ex-enteado, de 7 anos, e um rapaz de 23 como reféns


22/09/2022 15:34 - atualizado 22/09/2022 15:57


Leandro Mendes Pereira, de 39 anos, teria ido nessa quarta-feira (21/9) até a casa onde morou com a ex-mulher, em Venda Nova, por ter ficado irritado por ela estar “seguindo a vida” dois meses após o fim do relacionamento. Eles, que são primos de primeiro grau, ficaram casados por seis anos.

Agora, de acordo com familiares de um dos reféns, o homem soube que ela tinha ido a um evento, o que teria deixado Leandro com raiva.

Por volta das 14h, de acordo com a Polícia Militar (PM), Leandro chegou às proximidades do imóvel e passou a monitorar o local. Às 18h, armado, invadiu a residência. O alvo da investida era apenas a mulher, Andresa Wenia Pereira Mendes, de 25, mas ela não estava lá.

A jovem chegou logo depois, eles brigaram, e ela conseguiu escapar, pedindo ajuda em uma revenda de veículos que fica na esquina da rua Domingos Grosso, no bairro Parque São Pedro.Porém, o filho dela, de 7 anos, e um amigo de infância da família, Giovani Junior, de 23, ficaram na casa. O cárcere privado durou 15 horas, até Leandro ser baleado por um sniper do Batalhão de Operações Especiais (Bope), por volta das 10h desta quinta-feira (22/9). Ele foi levado em estado grave para o Hospital de Pronto-Socorro (HPS) João XXIII, onde passa por cirurgia.

Polícias encostados em um muro
Negociações com o sequestrador duraram 15 horas e só terminaram na manhã desta quinta-feira (22/9), após Leandro ser baleado por um sniper (foto: Edesio Ferreira/EM/D.A.Press)

“Ele (Leandro) disse que tinha duas balas na arma: uma para ele e outra para a Wenia. Ele queria era ela, mas não conseguiu”, contou uma tia de Giovani Junior, que pediu para não ser identificada.

Informações sobre o que se passava na casa eram enviadas pelo próprio sequestrador, por mensagens e áudios em um aplicativo de mensagens no celular. Aos familiares, ele dizia que não queria fazer nada com os dois reféns, mas a situação começou a ficar tensa depois que Leandro viu a notícia de que Andresa Wenia estava nas imediações da casa.

De acordo com a PM, o homem ficou bastante alterado e começou a ameaçar os reféns. “Leandro exigia a senha do celular dela para libertá-los. Mas o medo era de que visse algo que não gostasse em mensagens e fizesse algo contra a vida do meu sobrinho e do filho dela”, completou a tia de Giovani Junior.

A Polícia Civil vai investigar o caso. Os pais da criança e o segundo refém foram encaminhados para uma delegacia no Centro de BH.

Arte do caso da criança feita refém em Venda Nova


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