Após suspeita de uso de substância contaminada em massas alimentícias da marca Keishi, restaurantes de comida oriental suspenderam o uso do produto em seus cardápios. Ontem (23/9), a Anvisa detectou na produção das massas o uso de propilenoglicol, mesma substância que pode ter causado as mortes de cães em Minas Gerais.
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Governo determina que mais três empresas recolham petiscos para cãesGrupos envolvidos em contaminação de petiscos para cães trocam acusaçõesMais marcas de petiscos para cães retiram seus produtos do mercadoPetiscos contaminados: rótulo de químico aponta divergência entre empresasLaudo confirma monoetilenoglicol em petisco que matou cadela em BHMassas contaminadas chegaram a restaurantesAs massas da Keishi são usadas em pratos da cultura japonesa e tailandesa, como lámen, guioza e udon. O Keito, tradicional restaurante de São Paulo, afirma que utiliza produtos de outro fornecedor. O restaurante aparece em uma lista de supostos clientes da marca, que circula nas redes sociais.
O restaurante Bimiya Ramen, que também aparece na lista, afirma que serve apenas macarrão e gyoza 100% naturais e, com isso, não existe risco de contaminação das massas.
Já o restaurante Porque Sim, localizado no bairro Liberdade, point da culinária japonesa em São Paulo, afirma nas redes sociais que o macarrão de lamen utilizado no estabelecimento é de outro fornecedor.
Substância tóxica
A substância encontrada nas massas foi fornecida pela Tecno Clean, empresa responsável por também fornecer para empresas de petiscos para cães.Por meio de nota, a Keishi informou que o lote suspenso pela Anvisa se refere à produção de 25 de julho a 24 de agosto deste ano e corresponde a pouco menos de 1% do total de produtos fabricados pela empresa.
A empresa também diz que adquiriu o produto confiando no fornecedor, "com quem mantém relações comerciais de longa data, que tem nome respeitado no mercado".
Eles alegam ter entrado em contato com os clientes e que não houve estoque a recolher ou relatos de danos à saúde do consumidor.
A fabricante afirma, ainda, que tem colaborado com a Anvisa e continua operando normalmente.
"A Keishi esclarece que a ação da Anvisa é preventiva e pontual e não houve nenhuma ordem para paralisar as atividades ou interditar a fábrica da Keishi", diz o texto.