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Estado de Minas SUBSTÂNCIA TÓXICA

Restaurantes suspendem compra de macarrão com propilenoglicol contaminado

Anvisa mandou recolher macarrão intoxicado com substância ligada à morte de cães


23/09/2022 13:12 - atualizado 23/09/2022 19:21

Imagem mostra macarrão em uma caixa de madeira
Empresa é fornecedora de dezenas de restaurantes japoneses, principalmente em São Paulo (foto: Reprodução/Keishi)

Após suspeita de uso de substância contaminada em massas alimentícias da marca Keishi, restaurantes de comida oriental suspenderam o uso do produto em seus cardápios. Ontem (23/9), a Anvisa detectou na produção das massas o uso de propilenoglicol, mesma substância que pode ter causado as mortes de cães em Minas Gerais.

O site da Keishi saiu do ar depois da publicação da resolução da Anvisa. A página informava que a empresa é fornecedora de dezenas de restaurantes japoneses, principalmente em São Paulo. Na tentativa de tranquilizar clientes, diversos estabelecimentos foram às redes sociais para informar que não utilizam os produtos da marca.

As massas da Keishi são usadas em pratos da cultura japonesa e tailandesa, como lámen, guioza e udon. O Keito, tradicional restaurante de São Paulo, afirma que utiliza produtos de outro fornecedor. O restaurante aparece em uma lista de supostos clientes da marca, que circula nas redes sociais.


O restaurante Bimiya Ramen, que também aparece na lista, afirma que serve apenas macarrão e gyoza 100% naturais e, com isso, não existe risco de contaminação das massas.

Já o restaurante Porque Sim, localizado no bairro Liberdade, point da culinária japonesa em São Paulo, afirma nas redes sociais que o macarrão de lamen utilizado no estabelecimento é de outro fornecedor.


Substância tóxica

A substância encontrada nas massas foi fornecida pela Tecno Clean, empresa responsável por também fornecer para empresas de petiscos para cães.

Por meio de nota, a Keishi informou que o lote suspenso pela Anvisa se refere à produção de 25 de julho a 24 de agosto deste ano e corresponde a pouco menos de 1% do total de produtos fabricados pela empresa.

A empresa também diz que adquiriu o produto confiando no fornecedor, "com quem mantém relações comerciais de longa data, que tem nome respeitado no mercado".

Eles alegam ter entrado em contato com os clientes e que não houve estoque a recolher ou relatos de danos à saúde do consumidor.

A fabricante afirma, ainda, que tem colaborado com a Anvisa e continua operando normalmente.

"A Keishi esclarece que a ação da Anvisa é preventiva e pontual e não houve nenhuma ordem para paralisar as atividades ou interditar a fábrica da Keishi", diz o texto.


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