Leandro Mendes Pereira, suspeito de sequestrar e manter uma criança de 7 anos e um jovem de 23 em cárcere privado por 17 horas, teria usado uma réplica de arma de fogo para intimidar os reféns. A informação consta no boletim de ocorrência registrado nessa quinta-feira (22/9).
O homem usou uma arma de airsoft, que não é letal, para render a ex-companheira, Andresa Wenia Pereira Mendes, de 25 anos, o filho e o irmão de criação dela no fim da tarde de quarta-feira (21/9). O artefato é uma réplica de uma arma real, porém carregado com balas de plástico.
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Ele foi sedado com uma medicação denominada noradrenalina, cujo objetivo é "manter o corpo vivo". A equipe médica deve tentar retirar a sedação nesta sexta-feira (23/9) para ver como o paciente reage. Leandro também deve passar por uma cirurgia no rosto.
Descontente com o fim do relacionamento
Leandro Pereira não aceitava o fim do relacionamento com Andresa Wenia Pereira Mendes, de quem é primo de primeiro grau, e fez o filho dela e um amigo da família de reféns desde as 18h de quarta-feira (21). Eles estavam na casa da mãe da criança, no bairro Parque São Pedro, Região de Venda Nova, em Belo Horizonte.
O casal se separou há cerca de dois meses. Andresa chegou a voltar para casa na noite de quarta e brigou com o ex-namorado, mas conseguiu fugir. Ela se sentiu mal depois de sair da residência e precisou ser socorrida.
Homicídio em 2008
A ficha criminal de Leandro Pereira tem uma condenação por homicídio contra uma ex-namorada, em 2008, no Bairro Maria Goretti, Região Nordeste de Belo Horizonte. O assassino ficou preso em Ribeirão das Neves, onde aguardava o julgamento. Em 2011, a sentença foi proferida.
De acordo com a acusação, Leandro estava inconformado com o término do namoro e asfixiou a vítima com as mãos, até que ela caísse no chão. Ao ver que a ex-namorada continuava viva, ele a enforcou com um sutiã. Após matá-la, tirou toda a roupa dela e colocou um rato morto em sua boca.
À época, o juiz condenou o réu a 13 anos de prisão em regime fechado pelo crime de homicídio qualificado, e ainda a um ano em regime aberto por vilipêndio de cadáver, que é o ato de desprezar ou humilhar o corpo.