Jornal Estado de Minas

SEQUESTRO

Polícia Civil pede prisão preventiva de homem que manteve criança refém


A Polícia Civil solicitou à Justiça a conversão da prisão em flagrante para preventiva de Leandro Mendes Pereira, que manteve uma criança de 7 anos e o jovem Giovani Júnior, de 23, em cárcere privado no bairro Parque São Pedro, Região de Venda Nova, em Belo Horizonte.



Leandro foi baleado por um atirador de elite e segue internado em estado grave. A delegada Fabíola Oliveira, do Departamento Estadual de Operações Especiais (Deoesp), explica que o processo depende de quanto tempo ele vai ficar internado.

"O juiz vai decidir se converte a prisão em flagrante em preventiva. E, tão logo ele receba alta, ele vai ser ouvido, seja na delegacia ou na fase judicial".

A ex-companheira do autor também será ouvida no caso. Conforme a delegada, ela poderá pedir medida protetiva contra ele.

"Isso é uma decisão dela. Acredito que ela vai querer adotar medidas que visam proteger não só ela como também a criança", disse Fabíola.



Ontem (22/9), Giovani Júnior, amigo da família, prestou depoimento. "Ele falou que o Leandro estava bem agitado. Não foi uma estadia agradável, lógico, mas ele direcionava essa raiva toda para a Andressa, que conseguiu sair da casa", conta a delegada.

Descontente com o fim do relacionamento


Leandro Pereira não aceitava o fim do relacionamento com Andresa Wenia Pereira Mendes, de quem é primo de primeiro grau. O casal se separou há cerca de dois meses.

Andresa chegou a voltar para casa na noite de quarta e brigou com o ex-namorado, mas conseguiu fugir. Ela se sentiu mal depois de sair da residência e precisou ser socorrida.

Homicídio em 2008


A ficha criminal de Leandro Pereira tem uma condenação por homicídio contra uma ex-namorada, em 2008, no Bairro Maria Goretti, Região Nordeste de Belo Horizonte.



O assassino ficou preso em Ribeirão das Neves, onde aguardava o julgamento. Em 2011, a sentença foi proferida.

De acordo com a acusação, Leandro estava inconformado com o término do namoro e asfixiou a vítima com as mãos, até que ela caísse no chão.

Ao ver que a ex-namorada continuava viva, ele a enforcou com um sutiã. Após matá-la, tirou toda a roupa dela e colocou um rato morto em sua boca.

À época, o juiz condenou o réu a 13 anos de prisão em regime fechado pelo crime de homicídio qualificado, e um ano em regime aberto por vilipêndio de cadáver.