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Estado de Minas CÁRCERE PRIVADO

'Tragédia anunciada', diz mãe de homem que fez filho da ex de refém

Leandro Mendes Pereira, de 39 anos, foi baleado por um sniper após 17 horas mantendo um menino de 7 anos e um jovem de 23 anos em cárcere privado


23/09/2022 22:17 - atualizado 23/09/2022 22:43

Cerco da PMMG em caso de sequestro em Venda Nova
O suspeito de sequestro e cárcere privado está internado no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)
“Era uma tragédia anunciada. Eu nunca fui a favor desse casamento porque sabia que uma tragédia poderia acontecer”. O relato é da mãe de Leandro Mendes Pereira, de 39 anos, suspeito de sequestrar e manter uma criança, de 7 anos, e um jovem, de 23 anos, em cárcere privado por 17 horas, nessa quinta-feira (22/9), no bairro Parque São Pedro, em Venda Nova.

Em entrevista ao Estado de Minas, Márcia Antônia Mendes, de 61 anos, contou que o relacionamento do filho com Andresa Wenia Pereira Mendes, de 25 anos, foi conturbado desde o início, há quase sete anos. 

Segundo Márcia, o envolvimento do filho com a mulher começou quando ela ainda morava com o ex-companheiro e pai da criança, que foi feita de refém. A mãe afirma que os dois, que são primos de primeiro grau, sempre conviveram juntos, mas há quase sete anos Andresa teria começado a se interessar pelo homem.

“Quando ele pôde sair da cadeia, ela começou a se encontrar com ele. Nessa época ela ainda estava morando com o pai do menino, que, quando descobriu, a expulsou de casa. Um dia eu assustei porque ela me ligou informando que era noiva do Leandro. E desde o início, eu não aprovei a relação dos dois”, contou. 

Para Márcia, a ação do filho foi errada. Ela reconhece que Leandro tem que pagar pelos seus erros, mas relata que tem sofrido desde o episódio. “A gente não tá querendo defender o lado do Leandro não, ele estava errado, nós amamos o Artur. Em momento nenhum apoio o que ele fez, mas como mãe, ver ele em coma, e ouvir as coisas que tenho ouvido. É muito difícil para mim essa situação”, diz. 

Separação 

Ainda de acordo com a mãe do suspeito, ele e a companheira estavam brigados há menos de dois meses. Ela afirma que a casa onde o filho manteve a criança e o jovem refém foi alugada por Leandro e que ele deixou de morar no local com a esposa há pouco tempo. 

“Nós não sabíamos que os dois estavam brigados. Eu mandei mensagem para ela há duas semanas, e ela não me falou nada. Nem ele. Agora que eu soube que, há uns dias, ela colocou todas as roupas dele em um uber e as mandou para a loja onde ele trabalha”, relatou a mulher. 

Márcia ainda contou que Leandro e Andresa se casaram no religioso em novembro do ano passado. Porém, um mês após a cerimônia, acabaram se separando por desentendimento.

Ela relata que, no início do ano, depois de passar por um procedimento médico, o filho a contou que decidiu reatar o relacionamento e que havia alugado o local onde o sequestro aconteceu, para morar com a esposa e a criança. 

“Por isso eu digo que foi uma tragédia anunciada. Sete anos de casamento, a gente sabia que ia acontecer alguma coisa, quantas idas e vindas que eles tiveram , não deveriam ter reatado o casamento”, disse.


Sequestro 

Márcia disse que ficou sabendo que seu filho havia sequestrado o enteado e o irmão de criação da esposa por volta das 21h de quarta-feira (21/9). Ela contou que foi procurada por um irmão da nora, que pediu que ela fosse até o local para tentar convencer Leandro a se entregar. 

“No dia do sequestro eu mandei mensagem para ele e ele disse que não queria conversar comigo, ele não quis a minha presença. Se ele tivesse me contado o que estava acontecendo antes, talvez isso tudo não teria acontecido”, concluiu.


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