“Era uma tragédia anunciada. Eu nunca fui a favor desse casamento porque sabia que uma tragédia poderia acontecer”. O relato é da mãe de Leandro Mendes Pereira, de 39 anos, suspeito de sequestrar e manter uma criança, de 7 anos, e um jovem, de 23 anos, em cárcere privado por 17 horas, nessa quinta-feira (22/9), no bairro Parque São Pedro, em Venda Nova.
Em entrevista ao Estado de Minas, Márcia Antônia Mendes, de 61 anos, contou que o relacionamento do filho com Andresa Wenia Pereira Mendes, de 25 anos, foi conturbado desde o início, há quase sete anos.
Em entrevista ao Estado de Minas, Márcia Antônia Mendes, de 61 anos, contou que o relacionamento do filho com Andresa Wenia Pereira Mendes, de 25 anos, foi conturbado desde o início, há quase sete anos.
Segundo Márcia, o envolvimento do filho com a mulher começou quando ela ainda morava com o ex-companheiro e pai da criança, que foi feita de refém. A mãe afirma que os dois, que são primos de primeiro grau, sempre conviveram juntos, mas há quase sete anos Andresa teria começado a se interessar pelo homem.
“Quando ele pôde sair da cadeia, ela começou a se encontrar com ele. Nessa época ela ainda estava morando com o pai do menino, que, quando descobriu, a expulsou de casa. Um dia eu assustei porque ela me ligou informando que era noiva do Leandro. E desde o início, eu não aprovei a relação dos dois”, contou.
Para Márcia, a ação do filho foi errada. Ela reconhece que Leandro tem que pagar pelos seus erros, mas relata que tem sofrido desde o episódio. “A gente não tá querendo defender o lado do Leandro não, ele estava errado, nós amamos o Artur. Em momento nenhum apoio o que ele fez, mas como mãe, ver ele em coma, e ouvir as coisas que tenho ouvido. É muito difícil para mim essa situação”, diz.
Separação
Ainda de acordo com a mãe do suspeito, ele e a companheira estavam brigados há menos de dois meses. Ela afirma que a casa onde o filho manteve a criança e o jovem refém foi alugada por Leandro e que ele deixou de morar no local com a esposa há pouco tempo.
“Nós não sabíamos que os dois estavam brigados. Eu mandei mensagem para ela há duas semanas, e ela não me falou nada. Nem ele. Agora que eu soube que, há uns dias, ela colocou todas as roupas dele em um uber e as mandou para a loja onde ele trabalha”, relatou a mulher.
Márcia ainda contou que Leandro e Andresa se casaram no religioso em novembro do ano passado. Porém, um mês após a cerimônia, acabaram se separando por desentendimento.
Ela relata que, no início do ano, depois de passar por um procedimento médico, o filho a contou que decidiu reatar o relacionamento e que havia alugado o local onde o sequestro aconteceu, para morar com a esposa e a criança.
Ela relata que, no início do ano, depois de passar por um procedimento médico, o filho a contou que decidiu reatar o relacionamento e que havia alugado o local onde o sequestro aconteceu, para morar com a esposa e a criança.
“Por isso eu digo que foi uma tragédia anunciada. Sete anos de casamento, a gente sabia que ia acontecer alguma coisa, quantas idas e vindas que eles tiveram , não deveriam ter reatado o casamento”, disse.
Sequestro
Márcia disse que ficou sabendo que seu filho havia sequestrado o enteado e o irmão de criação da esposa por volta das 21h de quarta-feira (21/9). Ela contou que foi procurada por um irmão da nora, que pediu que ela fosse até o local para tentar convencer Leandro a se entregar.
“No dia do sequestro eu mandei mensagem para ele e ele disse que não queria conversar comigo, ele não quis a minha presença. Se ele tivesse me contado o que estava acontecendo antes, talvez isso tudo não teria acontecido”, concluiu.