Câmeras de segurança do condomínio registraram momentos em que o advogado aparece exaltado, na garagem do prédio, mas não o momento exato da agressão. Outros vizinhos, que aparecem descendo do elevador, contiveram o síndico.
Laesty Gomes da Silva, de 65 anos, sofreu trauma na cabeça, fraturou o punho direito e teve inchaço e escoriação no joelho. Ele foi atendido na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Oeste.
De acordo com o boletim de ocorrência registrado pela Polícia Militar (PM), Laesty relatou que pediu que o condomínio o demitisse para garantir direitos trabalhistas. Segundo o porteiro, o síndico não aceitou o acordo. Laesty bateu a cabeça e caiu no chão após ser empurrado contra a parede pelo advogado.
Segundo a Polícia Civil, o caso está sendo investigado como lesão corporal e será encaminhado para polícia judiciária. Márcio Botelho nega o crime. Em nota, a defesa dele afirma que as acusações são inverídicas. Veja a nota na íntegra:
"Considerando a acusação de agressão a porteiro de condomínio na região Sul de Belo Horizonte, a defesa esclarece que a versão relatada à polícia e à imprensa é inverídica. O advogado Romeu Rodrigues pondera que o porteiro é investigado por suposta prática de crime de abuso sexual no condomínio. Durante o procedimento de investigação interna realizado pelo condomínio, a respeito da denúncia de prática de crime de abuso sexual, o funcionário criou um factóide que culminou com a suposta agressão noticiada. A iniciativa tem o deliberado propósito de furtar-se a eventual responsabilidade trabalhista (uma possível justa causa) e, ainda, busca colocar em segundo plano as apurações a respeito da denúncia de abuso sexual que pesa em seu desfavor".
Gestão no Villa Nova
Ex-presidente do Villa Nova, clube de futebol novalimense, Márcio Botelho ficou quatro anos no cargo e pediu demissão em novembro de 2020, duas semanas antes do fim de seu mandato. Ele é conhecido por discussões com torcedores do time e por uma gestão com baixo aproveitamento.