O Estado de Minas foi um dos vencedores do 9º Prêmio Sebrae de Jornalismo. A série de reportagens "A Força do Pequi", de autoria do repórter Luiz Ribeiro foi a ganhadora da etapa estadual do concurso na categoria Fotojornalismo.
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A partir de agora, os vencedores na etapa regional vão representar o estado na competição nacional.
Minas Gerais foi o segundo estado com maior número de trabalhos concorrendo, atrás apenas de São Paulo.
A série de reportagens 'A Força do Pequi'
A série de reportagens A Força do Pequi, que reúne o conjunto de fotos escolhido como finalista do Prêmio Sebrae, foi publicada no período de 12 a 14 de setembro de 2021.
Durante a premiação, o repórter do EM destacou a relevância do trabalho laureado. "A série de reportagens mostrou não somente a força do pequi, mas também a força do sertanejo, dos mineiros e, sobretudo, a força do empreendedorismo", enfatizou Luiz Ribeiro.
O trabalho jornalístico mostrou que o pequi se tornou protagonista de uma luta travada entre três estados — Minas Gerais, Goiás e Tocantins — para associar seu território ao valor cultural e socioeconômico do fruto que simboliza a diversidade do Cerrado, gera emprego e renda para milhares de pessoas em áreas pobres e castigadas pela aridez no país.
A “disputa” foi deflagrada com a apresentação de três propostas no Congresso Nacional, por parlamentares dos três estados envolvidos, em torno da “paternidade” do “fruto símbolo do Cerrado”. Uma das propostas visa o reconhecimento de Montes Claros, no Norte de Minas, como “a capital nacional do pequi”.
A série de reportagens revelou que o pequi é responsável por uma grande cadeia produtiva que garante renda e o sustento de milhares de moradores dos pequenos municípios do Norte de Minas. Para isso, o Estado de Minas visitou comunidades rurais da região, ouviu pequenos produtores e consultou técnicos e especialistas na atividade para mostrar a dimensão da “indústria do pequi”, que se multiplicou nos últimos anos.
O trabalho jornalístico destacou que o fruto símbolo do Cerrado teve valor agregado, graças às inovações tecnológicas, que permitiram a venda do pequi congelado e o beneficiamento da matéria-prima. Surgiram vários derivados, como a polpa, farinha, óleo, castanha e pequi em conserva. No mercado, já existe até “cerveja de pequi”, sendo que a espécie do extrativismo também é usada como matéria-prima para produtos medicinais.
Ao mesmo tempo em que ganhou fama devido à disputa de três estados em torno da sua produção, o comércio de pequi permanece feito com pouco registro oficial, à base da informalidade. O fruto faz parte da chamada economia invisível, que virou tábua de salvação para milhões de pessoas superarem a pandemia.
A reportagem visitou o município de Japonvar, onde os 8,3 mil habitantes, a renda local e o comércio estão diretamente relacionados ao pequi. Na cidade, de acordo com estudo da Empresa de Extensão Rural e Assistência Técnica de Minas Gerais (Emater-MG), 63% da população local cata o fruto no mato ou revende o produto durante a safra.
Sobre Luiz Ribeiro
Classificado em 17º lugar na última edição (2022) do ranking dos Jornalistas Brasileiros Mais Premiados da História, da publicação Jornalistas & Cia, o repórter Luiz Ribeiro, que mora em Montes Claros (Norte de Minas), alcançou 61 prêmios ao longo de sua carreira por trabalhos individuais e em equipe, em concursos regionais e nacionais. Também já foi figurou entre os finalistas de prêmios internacionais por séries de reportagens em equipe publicados pelo Estado de Minas.