O escândalo foi revelado por uma reportagem da revista "Veja". De acordo com a publicação, depoimentos já colhidos pela universidade basearam a representação feita ao MPF. Ainda de acordo com a reportagem, os relatos das vítimas ajudam a traçar um “modus operandi” do professor, que usaria do poder do cargo e da admiração para seduzir alunas mais novas que ele.
Parte da sedução era feita por meio de promessas de vagas em projetos de pesquisa na universidade e por conversas em redes sociais. Em alguns casos, ele já partiu diretamente para o flerte.
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Procurado pelo Estado de Minas, o Ministério Público Federal confirmou ter recebido, da UFV, a representação contra o docente, mas que não iria comentar o assunto porque o processo está em sigilo.
O caso está repercutindo entre universitários e ex-alunos da universidade. Em postagens nas redes sociais, uma internauta disse: “Finalmente as vítimas desse cara tendo voz!!! Que a justiça possa ser feita de uma vez por todas”. Uma outra usuária do Twitter publicou: “o assediador de letras saindo na Veja”.
À "Veja', a defensora Marinês Alcheri, alegou que o cliente é a “vítima” e há provas sobre isso. O Estado de Minas tentou entrar em contato com a advogada do professor, mas sem sucesso.
*estagiária sob supervisão do subeditor Eduardo Oliveira
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