Jornal Estado de Minas

AFLIÇÃO

Em oração, família de Analici, sequestrada em Valadares, pede sua volta

Os dias não têm sido fáceis para a família da funcionária pública Analici Ramos de Oliveira, de 50 anos, sequestrada no dia 23 de setembro, quando seguia para o trabalho, de bicicleta. Enquanto a Polícia Civil de Minas Gerais investiga o sequestro e faz prisões (foram presos dois suspeitos), a família se une em oração, pedindo ajuda divina para o fim do drama.




 
“Nada comprova que a minha mãe está morta. Eu perdi tudo nesses dias, minha alegria de viver, mas não perdi a minha fé”, disse Dieuryslane Ramos Rocha, 24 anos, conhecida como Dieurys, filha de Analici, que prefere falar das pessoas boas e solidárias, que têm dado um apoio vital para que sua família supere o momento, que segundo ela, é o mais difícil já vivido por todos eles.
 
Leia mais: Mulher é sequestrada a caminho do trabalho em Governador Valadares
 
Na quarta-feira (28/9), um grupo de amigos da família de Analici se uniu em oração, às 19h. Uma convocação para o momento de oração foi postado nas redes sociais, pedindo que naquele horário, as pessoas parassem tudo que estivessem fazendo, por 1 minuto, e ficassem em oração pedindo a volta de Analici. “Foi um momento muito bonito, emocionante, com todos em suas casas, orando”, disse Dieurys.
 
Outros dois momentos de oração foram feitos na quinta-feira (29/9), às 3h da manhã e às 15h, no Terço de São Miguel Arcanjo, organizado por um grupo de jovens católicos do Bairro Turmalina.




 

Dieurys diz que evita assistir ou ler os noticiários sobre o caso, e também prefere não falar sobre os suspeitos de ter sequestrado sua mãe. Acompanha o caso quando alguém repassa a ela alguma informação. 
 
Na sexta-feira (30/9), no fim de tarde, ela disse que aguardava os amigos falarem sobre o dia de trabalho dos policiais e bombeiros militares que estiveram na margem esquerda do Rio Doce, tentando localizar Analici ou alguma pista que os leve até a funcionária pública.
 
“Vamos continuar orando e pedindo a Deus para que tudo se resolva”, disse, lembrando que seu filho, de 4 anos, sempre pergunta pela sua avó Analici. Sem resposta, Dieurys aguarda uma boa notícia vinda da polícia e dos bombeiros.