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Estado de Minas RESPONDENDO EM LIBERDADE

Frutal: Justiça solta acusados de matar menina em ritual religioso

Todos os seis acusados da morte de Maria Fernanda, de 5 anos, em suposto ritual religioso vão responder pelo crime em liberdade


03/10/2022 13:48 - atualizado 03/10/2022 14:02
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Foto meramente ilustrativa de um martelo de juiz
Os acusados da morte da menina foram soltos no último sábado (1º/10) (foto: Creative/Commons/Divulgação)
Após passar por audiência com juiz de Frutal, no Alto Paranaíba, há duas semanas, quatro acusados de homicídio com dolo eventual de Maria Fernanda Camargo, de 5 anos, foram colocados em liberdade nesse sábado (1º/10). A menina foi queimada durante um suposto ritual religioso realizado no fim de março.
 
Com a conclusão do inquérito policial, a mãe, avó e tia da vítima respondiam pelo crime na penitenciária de Uberaba. Já o guia espiritual estava preso em presídio de Frutal. Outros dois acusados de envolvimento no crime (avô da criança e um auxiliar do guia) já respondiam em liberdade.
 
O advogado de defesa, José Rodrigo Almeida, que pediu a liberdade da família de Maria Fernanda durante a audiência no Fórum de Frutal, informou que a Justiça considerou que não existem mais motivos para a custódia cautelar. “ Por isso, soltou nossas clientes e também o líder espiritual. O despacho está em segredo de justiça”, complementou.
 
audiência de instrução dos acusados com o juiz de Frutal aconteceu entre 19 e 21 de setembro.
Maria Fernanda, de 5 anos, sorridente em foto divulgada pela Polícia Civil
Maria Fernanda, de 5 anos, teria sido morta pelos avós e pais em ritual religioso (foto: PC/Divulgação)

 

Criança morreu durante suposto ritual religioso, mas primeira versão foi de acidente doméstico


À época do episódio, os suspeitos disseram ao delegado de plantão da Polícia Civil de Frutal que Maria Fernanda teria se ferido em um acidente doméstico envolvendo álcool e uma churrasqueira.
 
“Contudo, as investigações apontaram que a vítima teria sido utilizada em um ritual de evocação e incorporação de espíritos, na companhia dos avós, da tia e da mãe”, destacou a nota da PC.

Ainda segundo a Polícia Civil, o homem apontado como líder espiritual teria jogado álcool com ervas no corpo da criança e, posteriormente, ateado fogo usando uma vela, queimando-a viva.

Maria Fernanda morreu em decorrência de queimaduras que atingiram quase 100% do corpo. Ela faleceu na madrugada de quinta-feira (25/3) em um hospital de São José do Rio Preto, no interior de São Paulo.

A vítima, que cursava o primeiro ano do ensino fundamental da Escola Particular Vencer, em Frutal, foi sepultada no Distrito de Santo Antônio do Rio Grande, conhecido como Lagoa Seca, em Fronteira (MG), a cerca de 60 quilômetros de distância.


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