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Estado de Minas TRANSPORTE PÚBLICO

Greve: metrô de BH segue parado nesta quinta-feira (6/10)

Paralisação foi organizada em protesto contra os moldes estabelecidos no edital de concessão do metrô da capital mineira; entenda o caso


05/10/2022 22:53 - atualizado 06/10/2022 00:00

metrô de BH
Com a greve total do metrô de Belo Horizonte, na manhã desta quarta-feira (5/10) os usuários se depararam com as portas fechadas (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
Depois de um dia de caos, com estações lotadas e muita gente chegando atrasada ao trabalho, os usuários do metrô de Belo Horizonte precisam se preparar para mais um dia de paralisação total.

Assim como nesta quarta-feira (5/10), amanhã (6/10) as portas das estações permanecerão fechadas, marcadas com o mesmo aviso de interrupção de 100% do funcionamento do transporte por 48 horas.

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Entenda a greve

Com distribuição de bananas, o Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindmetro) liderou um protesto na Estação Central na tarde de 29 de setembro para rechaçar o edital de concessão do Metrô da Região Metropolitana de Belo Horizonte (Metrô-BH) publicado no dia 23 do mesmo mês pelo Governo de Minas Gerais.

Na ocasião, os metroviários organizaram uma assembleia e decidiram pela paralisação toal de 48 horas nesta semana, a partir de quarta (5/10). 

O edital rejeitado pela categoria também prevê a privatização da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) no estado. O investimento projetado, ao logo de 30 anos de concessão, é de R$ 3,7 bilhões. Deste montante, R$ 3,2 bilhões vêm dos cofres públicos, sendo R$ 2,8 bilhões de aporte da União e R$ 440 milhões do estado. O restante fica a cargo da empresa vencedora da licitação. Logo, a categoria questiona o preço fixado pelo governo no lance inicial em R$ 19,3 milhões. 
 
“Além das 35 composições, nós temos 19 estações, quatro subestações de energia, 29 quilômetros de leito ferroviário e as edificações ao longo do trecho. A CBTU está sendo oferecida a preço de banana”, avaliou, na ocasião, o presidente do sindicato, Daniel Glória, em entrevista ao EM. 
 
A greve dos metroviários teve início em 25 de agosto, um dia após o Tribunal de Contas da União (TCU) autorizar a abertura do edital para concessão do serviço.

Porém, no dia seguinte, a companhia, que opera o metrô de BH, conseguiu uma liminar para que ele funcionasse com pelo menos 60% da capacidade e com maior intervalo entre as viagens.
 
Nessa terça-feira (4/10), a CBTU obteve decisão favorável ao pedido de aumento da multa diária de R$ 35 mil para R$ 70 mil em caso de desobediência à ordem de escala mínima de 60%. Porém, mesmo com aumento de multa, os metroviários decidiram manter a paralisação total em BH
 
Uma nova assembleia para discutir os rumos do movimento está marcada para quinta-feira, às 17h30, na Estação Central. A majoração da multa será levada para apreciação da categoria.  







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